Cidades Terça-Feira, 13 de Agosto de 2024, 14h:31 | Atualizado:

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ABSURDO

Mães são proibidas de levarem filhos para faculdade em Cuiabá

 

ALINE COSTA
Gazeta Digital

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Estudantes do curso de medicina veterinária da Universidade de Cuiabá (Unic) foram proibidas de levar seus filhos para a faculdade. A proibição foi comunicada nessa segunda-feira (12) por um professor do curso e as mães foram orientadas a ir até a coordenação. Jéssica dos Santos, mãe há um ano e estudante, conta que o coordenador aconselhou o trancamento da matrícula em caso de não ter espaço adequado para deixar as crianças.

Jéssica Fernanda Amorim dos Santos, aluna do curso de medicina veterinária na Universidade de Cuiabá não estava presente durante o comunicado na manhã de ontem, mas foi avisada por seus colegas de que levar sua filha até a faculdade seria proibido. Ao ficar sabendo do fato, a mulher pediu ao esposo que fosse até a Universidade para conversar com o coordenador, Lázaro Camargo.

João Vitor, esposo de Jéssica, questionou o coordenador sobre possíveis soluções para que a proibição não afetasse os estudos das mães, como abono de faltas ou auxílio com espaço apropriado para crianças. “No final, uma das soluções que ele deu foi, ‘se a mãe não consegue com quem deixar, então que tranque o curso’”, relatou a estudante.

De acordo com ela, o coordenador teria proibido as mães de levarem crianças para não atrapalhar estudantes com Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH).

Jéssica explicou que na faculdade de medicina veterinária ela não é a única mãe e que uma das alunas tem um bebê de 5 meses, em estágio de amamentação. Ela conta que nunca ouviu reclamações por parte dos colegas de classe sobre a presença de crianças e que, em caso de choro ou outras ações que possam interferir no aprendizado, sua conduta é sair imediatamente das aulas para cuidar das necessidades da filha.

“Minha filha já tem um ano e desde o começo eu sempre levei ela. Nunca teve uma reclamação, nunca. Desde que eu engravidei, desde o primeiro dia eu levei minha filha e nunca teve nenhuma reclamação pra alguém vir do nada e falar que está proibido”, conta ela.

As mães do curso organizaram um grupo de WhatsApp e irão solicitar que Lázaro produza um documento escrito que confirme a proibição.

“Eu sei que criança atrapalha. Eu também fico incomodada com criança que não é a minha, mas eu tento ter empatia de pensar ‘poxa, a pessoa pelo menos tá tentando’. Eu estou ali tentando. Eu estou muito chateada com essa situação e já chorei tanto que acho que minhas lágrimas agora já acabaram. Nunca achei que eu fosse passar por isso”, finalizou a mãe.

O  entrou em contato com a assessoria de imprensa da Unic, mas até a publicação desta matéria não houve manifestação oficial. 

NOTA 

“A Unic Beira Rio valoriza e entende a importância do papel das mães em nossa sociedade, principalmente aquelas que buscam se qualificar por meio da educação, no entanto, esclarece que a não permissão de crianças na sala de aula, não se trata de uma negativa deliberada, mas que se faz necessária para segurança e necessidades da criança, conforme o regulamento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sob a Lei nº 8.069/1990, que determina a proteção integral por todos os meios, razão pela qual a permanência no ambiente universitário sem que tenha um acompanhamento absoluto, não é possível e recomendável.

A instituição reforça também que o ambiente acadêmico, especialmente o de sala de aula, exige a concentração e foco por parte dos professores e estudantes, assim como pode haver ainda a tratativa de temas sensíveis e não recomendáveis que sejam expostos na presença de menores de idade.

A marca ressalta que está em contato com a aluna para esclarecer possíveis dúvidas e para dar todo suporte necessário.”





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Comentários (28)

  • Jaspion

    Sexta-Feira, 16 de Agosto de 2024, 04h18
  • Na hora de ir pra baladinha consegue gente pra cuidar rapidinho! Podem negativar, essa é a verdade!
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  • Evangelista

    Quinta-Feira, 15 de Agosto de 2024, 18h23
  • não venham apelar e dizer que estamos sendo preconceituosos com as crianças já dissemos que o prefeito tem que disponibilizar creches e educação básica de qualidade que falta, e os pais tem obrigação que educar os filhos e não transferir para os professores e terceiros ensina-los a respeitar, pois está difícil,, e a universidade não pode assumir responsabilidade de cuidar de crianças
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  • Nascimento

    Quinta-Feira, 15 de Agosto de 2024, 10h45
  • A vida é conduzida por programação, se ela tinha a programação de cursar a faculdade, deveria ter evitado o filho, se não o fez deve alterar sua programação. A faculdade esta corretíssima
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  • Larry Lee

    Quinta-Feira, 15 de Agosto de 2024, 10h00
  • Você que deu, você que se vire para achar uma solução. Não venha querer jogar obrigação de criança para cima dos outros. Tive uma vizinha folgada que tinha filho grande e um pequeno, e ao inves de colocar o grande para buscar o pequeno todo dia na creche, queria que eu fizesse isso, atravessar BR com criança que não é minha. Falei: Negativo, não posso cuidar até as 19h do seu filho. Se ele tem irmão velho, bota o irmão que tá em casa. É cada uma.............. Se vira com o pai e criem o planejamento de vocês.
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  • Max

    Quinta-Feira, 15 de Agosto de 2024, 08h10
  • Como dizia o guru Pablo Marçal: Olha o time, oportunidade para quem é investidor, montar uma mini creche ao lado da universidade....... Só não entendi o pai ir na faculdade reclamar, será que ele estuda a noite também e não pode ficar com a criação?
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  • Maria

    Quinta-Feira, 15 de Agosto de 2024, 00h16
  • Engraçado o quanto de comentário negativo e a maior parte vinda de homens que não sente na pele o que é ter que cuidar de um filho, não ter com quem deixar e ainda tentar trabalhar, estudar, etc, Sim ninguém pediu para ter filho e não é obrigado aceitar tudo, porém um pouco de empatia não prejudica ninguém. Estamos em um mundo de inclusão não estamos? Não temos que aceitar pessoas com TDAH, Autismo e outros transtornos? sermos pacientes quando não entendem e ajudá-los quando precisam? Então porque é tão difícil entender uma mãe com um filho? Eu sei dizer, porque são homens ou mulheres que não tiveram filhos ou têm filhos grandes e ela já se esqueceu de como foi duro para cuidar, falta de amor ao próximo, falta de empatia, hipócrisia, se importam com as pessoas limitadas e a mãe limitada ninguém se importa.
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  • Joel

    Quarta-Feira, 14 de Agosto de 2024, 19h16
  • A faculdade pode sim barrar Elesig pois é regra da faculdade não sei se vc leu a matéria, as mães que procurem suas redes de apoio para deixar seus filhos pq na faculdade não é lugar para crianças estarem e além do mais o dinheiro do colega não é diferente do dela pq elas tem filhos! Cada um com seu problema e não devem atrapalhar a vida acadêmica de outro colega.
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  • Elesig

    Quarta-Feira, 14 de Agosto de 2024, 18h56
  • Lugar do filho é aonde os pais estão. Temos que ter empatia e amor no coração várias vezes colegas meus levaram os filhos e nós enquanto turma olhavamos juntas para que nossa colega não desistisse do curso. e ela formou e a criança foi nosso primeiro legado enquanto seres humanos. Se a criança incomoda? Não pois acredito que na hora em qua a criança estava em crise ela saia para fora e não atralhava em nada. A universidade não pode barrar a mãe de levar o filho jamais!!!!
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  • educação basica de qualidade falta

    Quarta-Feira, 14 de Agosto de 2024, 18h31
  • ainda tem que falar o obvio é cada folgadas (dos) , a universidade não pode assumir mais essa, cada um que assuma seus filhos e eduque não transfira para professores que estão esgotados de tanto alunos mal educados por pais que deveriam ensinar seus filhos a respeitar os professores que estão ajudando essa raça infame
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  • prefeito falta escolas e creches

    Quarta-Feira, 14 de Agosto de 2024, 18h25
  • Criar espaço adequado sem receber as mensalidades que temja tem muita inadimplencia de caloteiros e ainda assumir responsabilidade de cuidar de filhos dos outros? pura bucha se acontece alguma coisa anda vão pra cima da universidade,cada um com sua responsabilidade, o prefeito tem que disponibizar mais creches e escolas educação básica de qualidade é essencial e falta muito
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  • Penha cpa

    Quarta-Feira, 14 de Agosto de 2024, 17h08
  • Sei que não é o assunto mas se relaciona com o que passou onde moro. Estou a alguns anos sofrendo na minha própria casa com uma vizinha que se mudou e tem um filho autista...a mesma alegou que a criança era "quietinha" como toda mãe acha. Porém, desde então não temos mais pais pois a criança acorda 5 da manhã chutando bola, batendo pé, gritando pois as crises vem quando ouvem um "não", já foram feitas inúmeras reclamações e ela finge de desentendida e continua a perturbação. Vejam que a justificativa das mães são sempre as mesmas "nunca teve reclamação", "ele é tão quietinho" mas isso só elas enxergam pois não percebem que o filho está sim atormentando o sossego alheio. Infelizmente estamos vivendo em um mundo que os pais não tem educação, acham que o mundo TEM que girar em torno dos filhos deles e quando alguém reclama eles surtam pq querem empatia que eles mesmos não tem pelo próximo. Contei essa história pois cabe nesse assunto da faculdade pois pra mãe o filho delas são um anjo. Mas não percebem que ninguém tem que carregar a cruz delas...essa romantização da maternidade e de "mãe lutadora" está fazendo as mães e pais perderem a noção de espaço do outro, já que elas se acham especiais por terem um filho.
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  • Eliane

    Quarta-Feira, 14 de Agosto de 2024, 16h41
  • Se fosse uma vez ou outra, mas todo dia já é demais. Quem não tem filhos é obrigada a facilitar pq as que tem resolveram estudar agora ? Esperem a criança ter idade de ir para creche ou deixe com pai, avó ... Não acho certo que quem trabalha o dia todo , tenha que ficar assitindo aula com choro de criança no ouvido .
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  • Faculdade nao é creche !

    Quarta-Feira, 14 de Agosto de 2024, 16h09
  • Corretíssima a faculdade ! Faculdade não é creche . Já deveriam ter votado isto . Errado os pais . Se não podem colocar numa creche tranca a faculdade . Ou faça a faculdade EAD , ou tranca o curso e espera os filhos ficarem independentes para voltar para faculdade
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  • Seu problema nem sempre é de todos

    Quarta-Feira, 14 de Agosto de 2024, 16h03
  • Para mim a faculdade cria um espaço e cobra a mais das mães esse atendimento especial. O problema de uma pessoa não pode ser o motivo de prejuízo aos demais alunos, ainda mais num curso dificil como veterinária. O caso é que nesse país estão querendo transformar tudo em " direito" . Quem teve filho tem escolhas a fazer , ou arrumar suas proprias soluções e não querer impingir aos demais suas dificuldades.
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  • JORGE1

    Quarta-Feira, 14 de Agosto de 2024, 15h49
  • Isso é ridículo! Para quem não tem onde deixar seus filhos existem as creches, particulares e públicas. A posição da Faculdade está correta e é preciso corrigir essa distorção que vem desde o ensino médio.
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  • Vitória

    Quarta-Feira, 14 de Agosto de 2024, 14h26
  • A universidade disse que nunca ouve aprovação para levar criança, e só comunicou que não pode mais levar ou seja essas mães ouviram um NÃO e estão chocadas? Pode acreditar que os filhos delas tbm não pode ouvir um NÃO que devem se jogar no chão chorando pq filho é espelho dos pais.
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  • Joel Jorge

    Quarta-Feira, 14 de Agosto de 2024, 14h23
  • Mães se sentem ofendidas quando ouvem um "NÃO" na cabeça delas a negativa é uma ofensa porque se acham especiais por terem um catarrento chato atormentando na faculdade, na vizinhança, na rua, na escola. SEU FILHO SÓ É ESPECIAL PRA VOCÊ! Para o resto do mundo é só uma criança incomodando tudo e todos.
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  • Neide

    Quarta-Feira, 14 de Agosto de 2024, 14h20
  • A universidade está certa! Ela chamou o marido pra conversar com o coordenador e pq o marido)pai não fica com a criança? Pq ela não paga alguém ou deixa em uma creche? Faculdade não é lugar de criança.
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  • Isaias Miranda - jesus meu tesouro !

    Quarta-Feira, 14 de Agosto de 2024, 14h05
  • "Então o Senhor fez chover enxofre e fogo, do Senhor desde os céus, sobre Sodoma e Gomorra;" (Gênesis 19:24). Mato Grosso campeão do Agro. O fim está próximo. Deus é fiel!
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  • Vagner Giglio

    Quarta-Feira, 14 de Agosto de 2024, 12h39
  • Entendo a necessidade das mães em estudarem, mas também de outros alunos que pagam tb suas mensalidades e acabam sendo prejudicados pelas crianças . A faculdade deveria neste caso,ter um espaço apropriado para essas mães poderem estudar. Ou, deveriam informar antes das matriculas oque poderia ocorrer nesses casos, oque acredito não terem feito. O caso é muito delicado.
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  • motora de aplicativo que curte halls

    Quarta-Feira, 14 de Agosto de 2024, 08h35
  • Vão continuar chorando até quando?Viva o máximo do capitalismo selvagem e foda-se a humanização do trabalho, selvaaaaaa,
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  • prefeito faltam creches

    Quarta-Feira, 14 de Agosto de 2024, 08h19
  • Ta certo universidade não é creche mesmo, os alunos devem ter falado que não tem que aguentar choradeira de crianças na hora da aula
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  • Precisamos normalizar o NÃO

    Quarta-Feira, 14 de Agosto de 2024, 08h13
  • A faculdade não está errada! O problema é que estamos acostumados a sempre ter um sim em tudo, que quando nos deparamos com um não, nos frustramos e não conseguimos ter um posicionamento maduro diante dessa negativa. Não há lei que obrigue a faculdade a deixar que mães frequentem a sala de aula. Ha pessoas que não gostam e tem dificuldade de concentração com choro de crianças. Por qual razão a sua necessidade de ficar com a criança prevalece sobre a necessidade de concentração e repulsa de outros com crianças em sala de aula? Ter filho não dá passe livre para qualquer coisa. Particularmente acho excelente que a mãe vá com seu filho e não meça esforços para estudar, porém, se apenas 1 reclamar do barulho, não há o que ficar revoltado. Essa pessoa tem tanto direito quando a mãe. E a faculdade deve atender, simples assim. Agora, óbvio, essa faculdade poderia investir em uma creche sim. Um custo irrelevante pra uma universidade. Mas novamente: não tem obrigação legal. Precisamos normalizar o NÃO!
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  • Aluno

    Quarta-Feira, 14 de Agosto de 2024, 08h04
  • "nunca teve uma reclamação" kkkkkkkkkkk, eu adoro esse "argumento". A pessoa nunca aceita a primeira reclamação, alegando que ninguém nunca reclamou antes. Ora, se ela não aceita a primeira, então nunca vai ter reclamação mesmo rsrsrs. Obvio que ninguém vai reclamar diretamente para ela, vão procurar a direção da faculdade. E se a direção está tomando providências, é porque TEVE reclamação. E tem coisas que não precisa nem reclamar, é questão de bom senso mesmo. Ambiente acadêmico não é lugar para criança. Se queria fazer faculdade, deixasse a maternidade para depois. Ou espera o filho crescer um pouco mais. Cada escolha uma renúncia, cada um que assuma as consequências das decisões que tomou na vida.
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  • Adriana

    Quarta-Feira, 14 de Agosto de 2024, 07h10
  • Hoje tenho 48 anos minha mãe como professora universitária me levou várias vezes quando necessário quando era criança na aula com ela, nunca houve problema algum e quando meu filho era pequeno fiz audiência com ele nunca nenhum Juiz proibiu...um absurdo o que a UniversIdade está fazendo.
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  • Jonas Seymour

    Quarta-Feira, 14 de Agosto de 2024, 06h53
  • Universidade não é creche. Quem pariu Matheus que embale.
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  • Marcelo

    Terça-Feira, 13 de Agosto de 2024, 17h42
  • Nesses casos a universidade poderia criar espaço adequado para as crianças , aproveitando para dar a oportunidade de estagio para os alunos de pedagogia , psicologia entre outras cadeiras que precisam dessa interação . Falta de sabedoria da direção.
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  • Revoltado

    Terça-Feira, 13 de Agosto de 2024, 17h13
  • Padrão Unic mesmo, tinha que ser o_0
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