A Polícia Militar (PM) e o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso poderão entrar em greve e parar as atividades durante a Copa do Mundo. A categoria reivindica reestruturação salarial e da carreira, bem como o pagamento de adicionais noturnos e de insalubridade.
De acordo com o presidente da Associação dos Oficiais (Assof), o major Wanderson Nunes de Siqueira, a defasagem dos salários dos profissionais, em comparação com outros servidores está em 40%. “Se colocarmos os adicionais noturnos e de insalubridade, esta defasagem sobe para até 60% em relação a outras categorias”.
Segundo o presidente, esta defasagem vem se acumulando ao longo dos anos e, por conta disso, a categoria criou uma proposta de reestruturação parcelada. O projeto está sendo discutido com o governo desde abril, porém não houve nenhum tipo de resposta.
Conforme Siqueira, a data para a resposta é até o dia 13 de maio, quando os profissionais realizarão uma assembleia para definir se entrarão ou não em greve. “Nada está descartado, inclusive greve durante o mundial”.
Os militares iriam cobrar as medidas apenas em 2015, por conta do discurso do Governo de que não havia recursos disponíveis para atendimento das reivindicações feitas. Contudo, ao verem que outras categorias conseguiram reestruturação, decidiram adiantar o movimento.
A Assessoria da Polícia Militar afirmou que está aberta a discussão, porém o regulamento da PM proíbe greve ou motins, por parte dos agentes, e caso isto ocorra a corporação tomará as medidas cabíveis.
paulo henrique
Quarta-Feira, 07 de Maio de 2014, 08h28