Cidades Quarta-Feira, 11 de Dezembro de 2024, 15h:37 | Atualizado:

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R$ 10 MILHÕES

MPF move ação para garantir direitos de índios venezuelanos em Cuiabá

 

Da Redação

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O Ministério Público Federal (MPF) entrou como uma ação civil pública para assegurar que o povo indígena Warao, que vive em Cuiabá (MT), tenha acesso a serviços básicos como saúde, educação, moradia e segurança alimentar. Os Warao são de origem venezuelana e vieram ao Brasil devido à grave crise humanitária, econômica e política em seu país de origem.

Na ação, o MPF pede que a Justiça conceda decisão urgente para que a União, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o estado do Mato Grosso e o município de Cuiabá criem, em até 30 dias, um Grupo Especial de Atendimento e Monitoramento dos indígenas. O grupo deve incluir equipes multidisciplinares para atender às necessidades urgentes da comunidade e desenvolver políticas públicas adequadas. Caso a medida não seja atendida, o MPF pede multa diária de R$ 100 mil para cada um dos envolvidos.  

O MPF pede também a instalação de centros integrados de informação nos abrigos existentes, com apoio da Agência da ONU para Refugiados (Acnur). Esses centros deverão promover campanhas acessíveis sobre direitos sociais e políticas públicas, respeitando a cultura dos Warao. 

Além disso, os réus devem apresentar, em até 90 dias, um plano que garanta o acesso efetivo aos serviços de saúde, educação, moradia e segurança alimentar.  

Problemas enfrentados pelos Warao – A comunidade Warao vive em condições precárias em Cuiabá devido à falta de políticas públicas adequadas e à dificuldade de acesso aos serviços básicos. Para o MPF, que há quatro anos busca articulação com órgãos públicos municipais, estaduais e federais para garantir o atendimento aos indígenas, sem sucesso, há ineficiência e lentidão por parte do poder público. Na área da educação, as crianças indígenas enfrentam dificuldades de matrícula e ausência de ensino intercultural, resultando em 45 crianças que estão hoje sem acesso ao ensino público.

A falta de moradias dignas para o povo Warao também traz complicações que aumentam sua vulnerabilidade e problemas de saúde. Há casos de desnutrição, doenças de pele e falta de atendimento especializado pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). Essa negligência já resultou na morte de quatro indígenas por doenças evitáveis.

Pedidos finais – O procurador da República Ricardo Pael, autor da ação, pede que, ao final do processo:

  • A União garanta atendimento médico especializado pela Sesai, distribua alimentos aos Warao e facilite a validação de diplomas obtidos na Venezuela, além de apoiar a entrada dos indígenas no mercado de trabalho.
  • A Funai proteja os direitos culturais dos Warao, intermedeie o diálogo com outros órgãos públicos e providencie uma área para o estabelecimento da comunidade, seja uma reserva indígena ou outro tipo de território.
  • O estado do Mato Grosso ofereça educação bilíngue para as crianças Warao, ensine português aos jovens e adultos e ajude os indígenas que quiserem se integrar ao mercado de trabalho. Além disso, o Estado deve garantir atendimento de saúde especializado, respeitando a cultura indígena.
  • O município de Cuiabá disponibilize creches e escolas para crianças indígenas, respeitando suas tradições culturais, e ofereça orientação sobre programas sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Indenização – O MPF também pede que os réus indenizem a comunidade Warao em R$ 10 milhões pelos danos morais coletivos causados pela falta de serviços públicos adequados.





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Comentários (4)

  • FAZ O L !!!!!!!

    Quinta-Feira, 12 de Dezembro de 2024, 10h07
  • Temos que criar uma reserva indígena para os índios Warao de preferência desapropriando os grandes latifúndios do nortão, somente assim vamos atingir nossa tão sonhada paz social.
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  • Luz

    Quinta-Feira, 12 de Dezembro de 2024, 09h05
  • Primeiro trazem esses indígenas estrangeiros, sem nenhuma estrutura, agora pedem dinheiro em nome deles, quem vai administrar esses dinheiro? Me cheira muito mal isso!
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  • jose araujo da silva

    Quinta-Feira, 12 de Dezembro de 2024, 08h49
  • porquie que este mesmo MPF nao cuida do povo brasileiro em especial de cuiaba que esta a deriva, eles nao tem o que fazer ou ja nao basta os problemas que temos no brasil?
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  • Vão trabalhar chega de preguiça

    Quarta-Feira, 11 de Dezembro de 2024, 16h53
  • Essa turma migrou para o Brasil, e estão em Cuiabá em massa nos sinaleiros colocando crianças no sol quente em situação de vulnerabilidade para ficar pedindo esmolas. Esse povo não gostam de trabalhar, e tudo preguiçoso , e ainda vem MPE pedir 10 milhões pra eles?. Vão trabalhar minha gente, faça com centenas de imigrantes honestos que estão em MT trabalhando, gerando renda e vencendo no estado. Agora esses índios venezuelanos me desculpem, mas é preguiça pura.
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