A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Campo Verde, município localizado a cerca de 130 km de distância de Cuiabá, foi beneficiada por uma destinação do Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso (MPT-MT) e da Justiça do Trabalho. O valor revertido para a entidade vai contribuir para construção de uma brinquedoteca e de uma área de cinema para crianças e adolescentes matriculados na entidade.
O objetivo do novo espaço é criar diferentes situações de aprendizagem nas quais as crianças possam se divertir, brincar, falar, representar, melhorar a coordenação motora e compartilhar um ambiente lúdico, de modo a estimular a socialização e integração com os colegas e assegurar à pessoa com deficiência o direito à acessibilidade física, intelectual e social.
Segundo Maria Garbugio, presidente da APAE de Campo Verde, a construção desse espaço será de extrema importância para o público atendido. “A gente tem que sempre procurar melhorias porque o processo de aprendizagem não é fácil ou simples. Então, eu tenho certeza de que essa brinquedoteca e o cineminha vão ser uma alegria muito grande para eles e vão agregar muito no quesito aprendizagem”.
A procuradora do MPT Louise Monteiro Gagini, da Procuradoria do Trabalho no Município de Rondonópolis, destacou o papel da entidade. "É inegável a atuação social da entidade beneficiada durante seus mais de 20 anos de fundação, na área da educação, para crianças e adultos com deficiência, sempre buscando o pleno desenvolvimento do educando e seu preparo para o exercício da cidadania, com a qualificação para o trabalho, auxiliando na sua integração e inclusão na sociedade”.
A APAE é uma associação civil, filantrópica, de caráter assistencial, educacional, cultural e de saúde, que busca promover a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência intelectual e múltipla. A entidade atende atualmente em torno de 104 alunos, com idade entre 03 e 72 anos, moradores das zonas urbana e rural.
O valor destinado pelo MPT e pela Justiça do Trabalho é oriundo de uma ação civil pública ajuizada contra um frigorífico da região pelo descumprimento da legislação protetora trabalhista. A ação resultou na condenação da empresa ao pagamento de indenização por danos morais coletivos. Com o valor da condenação, o MPT e a Justiça do Trabalho também conseguiram destinar cerca de R$ 46 mil para outra entidade de caráter social, a Associação Espírita Lar Maria de Lourdes.