O sistema penitenciário em Mato Grosso tem um deficit de 895 agentes penitenciários. Esses cargos existem, mas não estão ocupados, conforme divulgação da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). Dos 3.504 cargos, 2.595 estão ocupados, o que representa 74,05%.
O lotacionograma se refere às vagas para o segundo trimestre de 2020. Esses agentes são responsáveis pela manutenção e vigilância dos detentos atendidos nas 55 unidades penitenciárias do estado.
São 44 cadeiras públicas, 4 centros de detenção provisória, uma colônia penal e 6 penitenciárias. Nelas estão mais de 11 mil detentos, o que gera uma média de 4 presos para cada agente.
A falta de servidores também afeta o sistema socioeducativo, que tem 8 comunidades de atendimento socioeducativo (Case) no estado, sendo apenas um deles feminino. Das 660 vagas para agentes do socioeducativo, apenas 39,8% estão ocupados, o que corresponde a 263 profissionais. Parte desse deficit foi preenchido com contratações, com 61 servidores, no entanto, a maior parte dos cargos ainda continua vago.
Grande parte desses cargos poderia ser preenchida através de concurso público, no entanto, com a calamidade financeira no primeiro ano de gestão de Mauro Mendes (DEM) e a pandemia do novo coronavírus, não há previsão de que um novo certame seja realizado.