Esculpida em madeira, por um artista desconhecido, na cidade de Sorocaba, em São Paulo, no século XVIII, cabelos naturais, que segundo a tradição foram colocados por uma pessoa que recebeu uma graça, e um cetro de cana-de-açúcar, um símbolo do sofrimento dos trabalhadores nos canaviais do Brasil colonial, a imagem do padroeiro da capital mato-grossense, Senhor Bom Jesus de Cuiabá, recorda a nós o momento em que Jesus é preso, julgado e conduzido à morte.
Com mais de 3 metros de altura, 150 quilogramas e um trabalho manual repleto de devoção, a Orla do Porto II recebeu, na última quarta-feira (01/11), a instalação de uma escultura, réplica da imagem do Senhor Bom Jesus. Esculpida em argila e laminada com fibra de vidro, a arte do goiano Jânio Borges, morador da Comunidade Morrinho (Santo Antônio), foi apresentada à arquidiocese como um presente para a cidade de Cuiabá.
“A imagem do Senhor Bom Jesus de Cuiabá é um patrimônio histórico, artístico e religioso da cidade e do estado. Ela expressa a fé e a cultura do povo cuiabano, que há mais de três séculos se identifica com o seu padroeiro e confia na sua proteção e intercessão”, ressaltou padre Felisberto Samoel da Cruz, Chanceler da Arquidiocese de Cuiabá.
A imagem original, trazida para Cuiabá pelos bandeirantes em 1722, quando buscavam o interior do país atrás de índios, ouro e terras, e que misteriosamente desapareceu, só foi encontrada em 1728, na ilha de Manoel Homem, em Mato Grosso do Sul. Após uma expedição enviada pela Câmara Municipal para resgatar a imagem e trazê-la de volta a Cuiabá, o grupo foi recebido com festa pelo povo, que levou a imagem, em procissão, até a igreja matriz, a Catedral Metropolitana de Cuiabá.
Thiago Pedroso
Quarta-Feira, 08 de Novembro de 2023, 10h23Rafa
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