As principais ruas do centro de Cuiabá foram palco da Parada da Diversidade Sexual. O evento, realizado neste sábado (16), contou com muita festa e música, mas também foi espaço para a cobrança de direitos da comunidade LGBTQ e respeito à diversidade.
O tema escolhido para esse ano foi: “Resistência, Amor e Luta”. O ponto de concentração popular foi na Praça Ipiranga, seguindo para Orla do Porto, onde haverá apresentações artísticas regionais e nacionais. A expectativa de público esperada é de cerca de 20 mil pessoas.
Josi Marcondes, integrante da Mães pela Diversidade, Organização não governamental (ONG), levou a filha para a Parada. “Minha caçula participa desde os 5 anos. Isso é a construção de uma educação de respeito ao próximo e respeito à diversidade. Isso não torna nenhuma criança LGBT, torna essa criança uma pessoa, um adulto que respeita e aceita o próximo e aberto ao diálogo”, declarou.
Clóvis Arantes, vice-presidente do Conselho Municipal de Atenção à Diversidade Sexual de Cuiabá e dirigente da ONG Livremente, também esteve presente.
Para ele, a comunidade LGBT quer visibilidade e só quer viver como qualquer outra pessoa. “Nós estamos aqui porque queremos valorizar e lutar pela nossa existência. As pessoas LGBT continuam sendo assassinadas. Só queremos viver, não queremos nada diferente, só queremos o que está garantido na Constituição Federal para toda pessoa”, afirmou.
A Parada já foi consolidada como o principal ato de resistência e afirmação dos direitos LGBTQI+. “Quando não estamos visíveis, as pessoas acham que têm direito de nos matar, de nos agredir, de nos fazer viver no armário”, finalizou Clóvis.
Rogerio Meira
Segunda-Feira, 18 de Novembro de 2019, 08h41