O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado estadual Mauro Savi (PR), encaminhou mais uma indicação ao Governo do Estado com cópia a Secretaria de Segurança Pública (SESP), para pedir a instalação de câmeras e o aumento das rondas na Rua 24 de outubro, no bairro Goiabeiras, em Cuiabá. O parlamentar foi procurado, recentemente, por uma comissão composta por moradores e comerciantes, que pediram o intermédio junto aos órgãos competentes para resolver o problema de segurança.
Savi explica que, a localidade, setor histórico, comercial e residencial nobre, tem sido “freguesa” constante de ações de furtos roubos, invasões e arrombamentos. Alegando ainda que, a frequência e a rotina destas ações, além da insegurança, causam prejuízos financeiros, desmotivação e sensação de esquecimento e abandono total dos frequentadores, comerciantes e demais profissionais ali instalados.
O deputado lembra que há exatamente um ano, vários comércios da Rua 24 de outubro foram arrombados por marginais o que causou uma grande discussão. Ele relata o caso de uma loja de artigos religiosos que fica dentro da galeria “Maria Tereza” e que teve sua vitrine quebrada, durante a madrugada. Os bandidos utilizaram um extintor incêndio da galeria para quebras o vidro e ter acesso ao interior do estabelecimento.
De lá, foram levados R$ 300 em espécie. No entanto, o que causou a revolta dos donos da loja foram estragos deixados, já que diversas imagens de santos foram quebradas. Os prejuízos foram avaliados em R$ 5 mil, contando com o reforço de grades que foram afixados nas vitrines em razão do que ocorreu no dia 3 de abril do ano passado.
O republicano citou também, o caso de um escritório de advocacia que de janeiro a março deste ano já foi furtado quatro vezes. O espaço, segundo o proprietário que preferiu não se identificar por questões de segurança, conta com câmeras de monitoramento, cerca elétrica e grades. Mas, segundo o proprietário do local todo o reforço ainda não é suficiente para conter os furtos que tem ocorrido com frequência, principalmente após o expediente.
"Em três meses foram quatro visitas indesejáveis. É revoltante. A gente sai, deixa o escritório de um jeito e quando retornamos, o lugar está todo revirado. O que nos deixa mais indignado, é que os estragos que ficam são maiores do que os equipamentos eletrônicos que são levados. Se não bastasse, eles (ladrões) ainda deixam os nossos processos revirados, amassados o que gera transtornos e mais prejuízos, além dos móveis que são quebrados”, disse o advogado.
“Esses, são só alguns dos muitos casos que ouvimos da comissão que nos procurou. Esta, também, não é a primeira indicação que fazemos com relação aos fatos aqui relatados. Providências urgentes devem ser adotadas pelo Estado no cumprimento de seu dever”, argumentou Savi ao basear-se no que determina o artigo 144 da Constituição Federal em garantir direitos, uma vez que a responsabilidade dos moradores, profissionais e comerciantes lá instalados é devidamente assumida, já que todos possuem ou a maioria possuem portões eletrônicos, cercas elétricas, alarmes, câmeras de segurança, além de outros obstáculos.
Na reunião, o deputado lembrou-se da instalação da 1ª Companhia de Polícia da Região Central de Cuiabá, inaugurada no dia 13 de março. Segundo ele, o policiamento tem sido feito diuturnamente e a expectativa é que a onda de roubos, furtos e assaltos a mão armada seja zerado na região. “A Polícia Militar tem mapeado os locais com maiores registros de ocorrência e eu tenho certeza que os comerciantes da Rua 24 de outubro também serão tranquilizados. Estamos trabalhando para que isso aconteça”, ressaltou Savi.
Vale ressaltar, que o Centro de Cuiabá é monitorado pela PM desde o Morro da Luz até o bairro Porto e conta com o apoio da ROTAM, BOPE e da Cavalaria da PM. Além disse, rondas também são feitas através de viatura, motocicletas, bicicletas e a pé. Operações também têm sido realizadas, constantemente, nos locais mais críticos como é o caso de bares que são utilizados como prostíbulos e para fins de tráfico e consumo de drogas e jogatina. Lembrando, que muitos bares com essas características já foram interditados. Os trabalhos estão sob a responsabilidade do 1º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Antônio Mário Ibanêz Filho, que responde pela unidade policial no centro da cidade.
A Companhia está localizada próximo ao calçadão da Ricardo Franco, na Rua 7 de setembro, no Beco do Candeeiro.