O secretário de Ordem Pública de Cuiabá, Leovaldo Sales, afirmou que irá acionar a Polícia Civil e a Polícia Federal (PF) para investigar a suspeita de garimpo clandestino instalado literalmente no Centro Histórico da Capital.
“Não tem nenhuma característica de obra, não tem nenhum alvará que sustenta o que está sendo feito aqui, não existe acompanhamento de um responsável técnico. Temos a obra e tudo que está sendo feito aqui interditado, até que o responsável apresente um documento comprobatório de que está tudo regular. Até isso acontecer nós vamos pedir aos órgãos de investigação criminal, através da Delegacia de Meio Ambiente, e também da Polícia Federal para verificar a denúncia de prática de garimpo ilegal, que está sendo feito aqui em pleno centro histórico de Cuiabá”, afirmou Sales nesta sexta-feira (14).
Imagens impressionantes feitas por drones mostram uma extensa área dos casarões abandonados, totalmente escavados, com caminhões de areia deixados no local durante a noite e a madrugada. Ao menos outros quatro imóveis da região compõem a área escavada.
Segundo o secretário, o embargo pôde ser feito após uma denúncia de um funcionário do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Ele ainda descarta a possibilidade de falha do Instituto em perceber a ação, estando tão próximo do local das escavações.
“Há uns dois meses nós recebemos a visita de um funcionário do Iphan e isso nos despertou para virmos aqui olhar e descobrir algumas informações, que nós vamos compartilhar com a polícia, no sentido de auxiliar nas investigações daqui pra frente. Eu não acredito que houve um descuido do iphan porque as pessoas comentam que tem sido ameaçada, punidas do se direito de denunciar Mas eu penso que ainda o poder público tenha retardado a ação, porém ela aconteceu no momento certo, a obra esta embargada”, explicou.
Informações dão conta que ao menos 10 trabalhadores estavam atuando na garimpagem há cerca de quatro meses, e que segundo o secretário da Pasta, a maioria seria moradores de rua. O suposto dono da obra identificado como Cláudio Campos não apresentou alvará de funcionamento e alegou estar construindo um "centro cultural". Contra ele, a Prefeitura descobriu 33 boletins de ocorrências por diversos crimes.
“De todo o projeto tem uma pend}encia com relação a arquitetura, o nosso objetivo aqui de muitos anos é transformar o centro histórico em um centro cultural, um centro do turismo e trazer o fomento do comércio para essa região”, disse o homem.
A respeito da denúncia de trabalho escravo afirmou também ser inverídicas. “As pessoas que trabalham nesse local são pessoas que estão em albergues, inclusive cadastradas pela secretaria municipal. Nós fomos lá e oferecemos a diária pra eles. O pagamento varia, porque tem funcionário que chega e não tem a produção como outros que estão aqui, que já estão acostumados a trabalhar na diária de R$ 80 a R$ 100. Então varia de R$ 50 a R$ 100 a diária”, jusiticou Cláudio.
A prefeitura deu 10 dias para ele apresentar toda documentação da obra.
Benedito Rubens de Amorim
Sábado, 15 de Outubro de 2022, 09h33Tiago
Sábado, 15 de Outubro de 2022, 06h47Adnen Rajab
Sábado, 15 de Outubro de 2022, 05h10Mixtense
Sábado, 15 de Outubro de 2022, 00h48