Julgamentos de integrantes do grupo de extermínio Mercenários e de sindicalistas envolvidos na morte de advogado fazem parte da pauta dos processos do Programa Mais Júri. A ação, que teve início nesta segundafeira (05), ocorre até 11 de julho na 1ª Vara Criminal de Cuiabá e tem como meta reduzir o acúmulo de processos relacionados a crimes dolosos contra a vida.
Ao todo, neste período, serão julgados 76 processos. A força-tarefa mobiliza 10 juízes colaboradores e servidores da Central de Processamento Eletrônico (CPE), com apoio da Presidência do TJMT, do Ministério Público e da Defensoria Pública.
No dia 13 de maio está previsto o júri popular de Adinaor Farias da Costa, Joemir Ermenegildo Siqueira, Rafael de Almeida Saraiva, Alisson Tiago de Assis Silva e Isaimara Oliveira Arcanjo Assis, que respondem pela morte do advogado Antônio Padilha de Carvalho. Eles são integrantes do Sindicato dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de Cuiabá (Sintramm).
A vítima era fundadora do sindicato e, junto a um grupo de funcionários descontentes, havia proposto uma ação para destituir a diretoria, após ser descoberto um esquema de desvio de dinheiro. Carvalho foi morto no dia 04 de dezembro de 2019, seis dias antes da audiência.
O advogado e a esposa estavam de carro e pararam em um semáforo no cruzamento entre a rua Benedito de Camargo com a avenida Dante Martins de Oliveira, no Jardim Leblon. Uma moto com dois ocupantes emparelhou com o veículo e um dos suspeitos disparou cinco vezes, acertando a vítima na cabeça, pescoço e tórax. A esposa foi atingida por estilhaços.
DADOS
O Mais Júri teve início em 2023 com a Comarca de Cuiabá como piloto. Na época, 240 processos estavam aptos ao Tribunal do Júri. Em 2024, houve a expansão do programa para as comarcas de Sorriso, Várzea Grande, Barra do Bugres, Diamantino e Marcelândia. Mais de 800 sessões de julgamento foram realizadas.
A nova etapa do Programa Mais Júri é coordenada pela Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso. “O Programa Mais Júri reforça o compromisso do Judiciário com a celeridade e a efetividade na resposta a crimes contra a vida, promovendo pacificação social e fortalecimento do sistema de justiça penal”, destaca o corregedor-geral da Justiça, desembargador José Luiz Leite Lindote.