Cidades Sexta-Feira, 04 de Agosto de 2023, 08h:10 | Atualizado:

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DÚVIDAS

Policiais são absolvidos por sessão de tortura que fez vítima defecar na calça em MT

Agressões foram praticadas em 2026 no município de Cáceres

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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tortura policial

 

O juiz da 11ª Vara Criminal Militar de Cuiabá, Marcos Faleiros, absolveu três policiais militares de torturas contra dois irmãos, ocorridas em 2016, no município de Cáceres (222 Km de Cuiabá). Um deles, depois de ser colocado na viatura policial, chegou a defecar depois das agressões.

Em decisão da última terça-feira (1º de agosto), o juiz entendeu que os policiais estavam numa “ocorrência dificílima”, em que as vítimas foram acusadas de tráfico de drogas. “O que as provas dos autos sugerem é uma dúvida razoável se os policiais estavam ou não em legítima defesa ou estrito cumprimento do dever legal ou se realmente ocorreu um crime de tortura, o que não gera qualquer segurança para a Justiça Militar Estadual imputar aos acusados qualquer tipo de imputação sobretudo de crime grave de tortura”, entendeu o magistrado.

De acordo com informações do processo, os policiais militares Wainstein José Lino Muniz de Farias, Diego Marcelo da Silva e Douglas Silva Heleno de Jesus invadiram a casa da vítima, em Cáceres, questionando um suposto ponto de venda de drogas na região. Após responder que não sabia a localização da “biqueira”, as agressões começaram.

“[A vítima] testemunhou na fase judicial que foi agredido por policiais enquanto estava na casa de sua mãe. Os policiais alegaram que havia um ponto de tráfico de drogas nas proximidades, e começaram a agredi-lo sem motivo. Ele descreve uma abordagem policial agressiva, onde os policiais pediram que ele abrisse as pernas e começaram a chutá-lo. A agressão continuou mesmo depois que [ele] caiu no chão, com dois policiais participando”, disse a vítima em depoimento.

O irmão do homem agredido tentou intervir, mas também foi vítima da sessão de tortura, tendo no final vomitado sangue. “Ele entrou em casa, onde estava com visitantes de Cuiabá, quando seu filho de 8 ou 9 anos entrou correndo, avisando que os policiais estavam batendo em seu irmão. Ele então viu seu irmão, que é de pequena estatura, já algemado e deitado no chão, sendo chutado por um policial. Ele tentou intervir, o que resultou em um confronto físico com o policial Marcelo. Depois disso, ele entrou em casa, quando sete viaturas chegaram, a polícia arrombou sua porta e o agrediu”, diz outro trecho do processo.

Os irmãos ainda contam que depois da sessão de tortura foram colocados “num veículo”, e que um deles “foi agredido novamente no caminho até a delegacia, a ponto de defecar nas calças devido à dor - um fato que os acusados supostamente zombaram”. As vítimas não tinham em sua posse nenhum produto ilícito.

 





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Comentários (8)

  • Maria

    Sexta-Feira, 04 de Agosto de 2023, 14h36
  • Eu só acho que a polícia deveria usar mais de inteligência, polícia civil investigou, concluiu, a PM prende, contra provas não há argumentos, nesse tipo de ação só gera transtorno, pelo que entendi os policiais queriam uma confissão na base da paulada, mas se existe polícia civil pra investigar, porque tem que PM fazer esse serviço deprimente, e ao longo dos anos qual é a qualidade de vida de um policial que age com agressão para desempenhar seu serviço? se for verificar a fila de presos que aguardam cirurgia de hérnia, não é pouco, fila pra ortopedista (que essas agressões podem ocasionar) e um tanto de processos por tortura que ainda possibilita a saída desses caras da prisão, voltando a tocar o terror na comunidade, sem falar na mobilização da justiça, depoimentos, audiências, júri, um gasto sem retorno pra sociedade.
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  • ManoVéio

    Sexta-Feira, 04 de Agosto de 2023, 12h15
  • Poise.. Com o advento da audiência de custódia, isto virou rotineiro. Os infratores da lei, além de acusarem os que os prenderam, ainda aproveitam para usar isto como meio de defesa, é depois se não restar provado, estes vagabundos não sofrem quaisquer reprimendas da justiça. E os policiais sequer podem se defender neste momento. Outrossim, tal magistrado, de lua, esquece o princípio da presunção da inocência, e frequentemente condena policiais por estarem fazendo o seu serviço. Como estes combinassem: " e aí stive, vamos quebrar alguém hoje". Isso beira o absurdo.. Pois no mínimo, se a polícia põe a mão em alguém , é porque está "devendo".
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  • Vizinho

    Sexta-Feira, 04 de Agosto de 2023, 11h18
  • Defecou porque tinha tomado cachaça demais. Nós da vizinhança apoiamos a PM. Foram pra cima da polícia, muito polícia apanhou. Pessoal acostumado a bater nos outros com a polícia quebraram a cara. ?
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  • Rogério Veríssimo

    Sexta-Feira, 04 de Agosto de 2023, 09h53
  • Nossa, a agressão é no futuro, 2026, a inteligência artificial chegou no Mato Grosso, ou é uma falha da Matrix.
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  • Dr Antunes

    Sexta-Feira, 04 de Agosto de 2023, 09h46
  • Matério do futuro! Claudio Moraes já esta em 2026.
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  • Cidadão de bem

    Sexta-Feira, 04 de Agosto de 2023, 09h31
  • Parabéns ao magistrado vagabundo criminoso mentiroso lixo covarde cagou porque o caneco tá arrombado
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  • Apanhou foi pouco!

    Sexta-Feira, 04 de Agosto de 2023, 09h23
  • Trabalho desde os 10 anos de idade, nunca roubei nem um centavo, pago todos meus impostos, e até hoje com 65 anos nunca fui agredido por policial nenhum. Parabéns ao doutor Marcos, tinha que fazer esses vagabundos que denunciaram a PM comer a merda que defecaram.
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  • João Batista

    Sexta-Feira, 04 de Agosto de 2023, 09h11
  • Além de malandro ainda é CAGÃO
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