Cidades Segunda-Feira, 06 de Março de 2023, 14h:33 | Atualizado:

Segunda-Feira, 06 de Março de 2023, 14h:33 | Atualizado:

ASSÉDIO NA PCE

Policial acusa instrutor de "espionar" mulheres no banheiro em Cuiabá

Após denúncia, Estado suspendeu curso

LUIZ VIEIRA
TV Centro América

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Uma policial penal registrou boletim de ocorrência e relatou que foi torturada por instrutores do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) por ter denunciado um caso de importunação sexual sofrido por ela na Penitenciária Central do Estado (PCE) e cometido por um colega de trabalho. A vítima fazia o Curso de Intervenção Rápida em Recinto Carcerário (CIRC), em Cuiabá, quando ocorreram as sessões de tortura, segundo ela.

A policial penal contou que suspeito teria passado a mão no corpo dela e também a espionado tomando banho. Em um outro momento, também consta no boletim de ocorrência, ele contou que o suspeito abriu a janela para olhar seis mulheres que trocavam de roupa.

Depois disso, elas teriam sido coagidas a não comentar os episódios de importunação. A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT) informou, por meio de nota, que já determinou a imediata suspensão do curso da Polícia Penal e que vai instaurar um procedimento administrativo para apurar a denúncia.

Segundo a Sesp, a Polícia Civil também abriu um inquérito para investigar o que aconteceu e, até o momento, duas pessoas foram interrogadas. A vítima contou ainda que, durante exercícios de flexão, teve as mãos pisadas e diziam que ali não era lugar para ela que deveria estar "na cozinha, lavando vasilha". Além disso, a policial penal teve gás lacrimogêneo jogado diretamente nos olhos e na boca.

Ela também relatou que jogaram anilhas do gás dentro de uma barraca onde ela trocava de roupa e que, quando tentava sair para respirar, os instrutores falavam para ela: "Bate o sino e sai do curso. Seu lugar não é aqui. E vai lavar vasilha", consta no boletim de ocorrência.

Em outro momento, levaram a vítima vendada até uma sala, onde começaram a piscar uma lanterna nos olhos dela e disseram "Você quer prender seu irmão de farda? Conta para nós o que você registrou no boletim de ocorrência" e a pressionavam a desistir do curso.

Quando a policial errava os comandos, os instrutores a faziam correr em volta da turma e a chamavam de "burra". Tal punição, conforme a denúncia, não acontecia com outros alunos.

Por fim, ela foi colocada em uma viatura, onde estavam três homens e uma mulher. Eles disseram para ela que a levariam para a Agrovila, momento em que ela abriu a porta e pulou do veículo por "receio de sofrer mais agressões".

A policial, ainda conforme o boletim de ocorrência, conseguiu pedir ajuda em uma casa e ligou para família, que a buscou. Ainda consta no documento que os policiais que estavam na viatura também foram até o local e disseram que ela estava em surto psicótico.

As investigações estão em andamento.





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Comentários (12)

  • Esclarecimento

    Quarta-Feira, 08 de Março de 2023, 07h47
  • A matéria não condiz com a verdade. A suposta importunação sexual ocorreu em novembro de 2022. Toda a parte de documentação de apuração está com a corregedoria e delegacia da mulher. Quanto ao curso os demais alunos e alunas desmenti a suposta tortura, ambos produziram vídeos em rede social espontaneamente desmentindo. Todos vão serem ouvidos em inquérito e serão esclarecidos. Todos os policiais Instrutores e monitores repudia a suposta prática de importunação sexual. Vários Instrutores, monitores, alunos e alunas estão enfrentando questionamento de familiares e amigos. Não se pode misturar o Curso do episódio de novembro.
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  • Debaixo do Tapete humorista

    Terça-Feira, 07 de Março de 2023, 06h17
  • Kkkkk adorei a piada! Grupo de elite entre carcereiros? Esses merdas não tem curso de nada e querem se intitular de elite!
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  • Debaixo do tapete

    Segunda-Feira, 06 de Março de 2023, 20h38
  • Estão tentando de todo modo empurrar a sujeira pra debaixo do tapete. Esse GIR tem que acabar, deixar apenas um grupo de elite penitenciária, foi criar 2, deu no que deu...virou bagunça. Avante SOE
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  • Beijamim Arrola

    Segunda-Feira, 06 de Março de 2023, 16h20
  • Agora, imagine o que um policial como esse não faz nos bairros. Se com as próprias colegas de trabalho já demonstrou que é um verdadeiro taradão psicopata. Um tipico bolsonarista pró familia, pátria e liberdade.
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  • Paulo Roberto

    Segunda-Feira, 06 de Março de 2023, 16h03
  • Se fazem isso com irmão de farda como eles diz, o que eles não faz com o preso. GIR especialista em tortura. Fora o preso morto esse final de semana na PCE, cheio de marca de tiro de borracha, tá bem movimentando essa PCE, em secretário de segurança. Diretor facilitando preso trabalhar. Filho de deputado com regalias. Afens sendo coagida e torturada. Preso morto, com marcas de tiro de borracha.
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  • Sou mito até o talo

    Segunda-Feira, 06 de Março de 2023, 16h01
  • Cidadão de bem, temente a Deus, eles não falham
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  • Oi to

    Segunda-Feira, 06 de Março de 2023, 15h39
  • É simples .....coloca o MP,na parada....,e ,retorna a gloriosa polícia militar pra cuidar dos presídios, que aliás,jamais deveria ter saído!!!!
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  • J

    Segunda-Feira, 06 de Março de 2023, 15h36
  • Vixê, tá perigando fazer companhia aos encarcerados. Daí a ex-coleguinha tomar conta dele no presídio. Que coisa hein.
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  • Cuiabania

    Segunda-Feira, 06 de Março de 2023, 15h35
  • " leitor cidadão de bem" kkkkkkkkkk.......kkkkkkkkkk.......!!!!
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  • Cidadão de bem

    Segunda-Feira, 06 de Março de 2023, 14h45
  • Tem que colocar câmera não só nas fardas, mas também nos chifres desses cornos fardados!
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  • Alencar

    Segunda-Feira, 06 de Março de 2023, 14h43
  • Esperamos que o MP acompanhe essa apuração. Gravíssima situação.
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  • Amanda Duarte

    Segunda-Feira, 06 de Março de 2023, 14h43
  • Área Policial não combina com dignidade da pessoa humana, o primeiro caso que teve repercussão foi do saudoso Sérgio Kobayashi. Talvez fosse o caso de aulas monitoradas por câmeras de video.
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