Esmagis-MT celebra 40 anos como pilar

 

A Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso - Desembargador João Antônio Neto (Esmagis-MT) celebrou, na manhã desta sexta-feira (13 de junho), 40 anos de história dedicados à formação e ao aperfeiçoamento de juízes e juízas do Estado.

A cerimônia, realizada na sede da instituição, reuniu autoridades e magistrados em um momento marcado por homenagens, memórias e compromissos com o futuro do Judiciário mato-grossense.

A programação começou com a exibição de um vídeo com depoimentos de magistrados que fizeram parte da trajetória da Esmagis-MT. Em seguida, a atual diretoria foi homenageada, representada pelo diretor-geral, desembargador Márcio Vidal, e pela vice-diretora, desembargadora Anglizey Solivan de Oliveira. Também foram entregues moções de aplauso a juízes e desembargadores que contribuíram para o crescimento da instituição.

O anfitrião da celebração, desembargador Márcio Vidal, ainda muito emocionado pela homenagem recebida de servidores da Esmagis, falou na sequência e agradeceu a participação de todos no evento, ressaltando a importância da institucionalização da Escola em 2006. 

“Hoje celebramos quatro décadas de muito trabalho, com a participação de magistrados e servidores que ajudaram a construir uma escola alinhada com a evolução do mundo. Queremos ser reconhecidos nacionalmente não apenas pelo Agro, mas também pela excelência na formação de nossos magistrados.”

O evento contou com a presença da gestão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargadores José Zuquim Nogueira (presidente), Nilza Maria Pôssas de Carvalho (vice-presidente) e José Luiz Leite Lindote (corregedor-geral de Justiça), além de outras autoridades e membros da magistratura estadual e nacional.

Para o presidente do TJMT, desembargador José Zuquim Nogueira, celebrar os 40 anos da Esmagis é reconhecer que não há justiça eficiente sem formação sólida, nem magistratura forte sem aprendizado contínuo. “A Esmagis/MT surgiu de uma necessidade clara, preparar nossos juízes e juízas para os desafios da jurisdição como excelência técnica e sensibilidade social. O tempo mostrou que essa missão não apenas foi cumprida, mas ampliada.”

 

Parceria importante - O presidente do TJMT e o diretor da Esmagis assinaram na manhã festiva o Termo de Cooperação Técnica n. 6/2025, com o Centro Universitário Alves Faria (Unialfa) e com a Faculdade Autônoma de Direito em São Paulo (Fadisp), representada por seu reitor, Nelson de Carvalho Filho.

O programa integra uma rede internacional de universidades europeias e latino-americanas com foco em pesquisas sobre o fortalecimento das instituições democráticas e a harmonia entre os Poderes do Estado.

“Com muita satisfação, nos sentimos honrados em estarmos presentes para a assinatura de um convênio dessa magnitude, que aproxima o Tribunal de Justiça através da Escola Superior de Magistratura, de um programa que também nos deixa muito honrados, que é o programa Erasmus Plus Demus, que discute o termo democracia e populismo”, afirma o reitor.

O conselheiro do CNJ e professor da Esmagis, Ulisses Rabaneda, destacou o papel da escola como base para a independência da magistratura e reforçou a importância da formação contínua. “A Esmagis tem funcionado como um alicerce da independência de seus magistrados. Não há Judiciário forte apenas com números. É preciso efetividade, e as escolas têm papel essencial nisso”, afirmou.

O professor da Esmagis-MT, juiz Wanderlei José dos Reis, que há 20 anos atua como formador na instituição, ressaltou o papel da escola na trajetória de muitos magistrados, desde a preparação para o ingresso na carreira até o aperfeiçoamento na atuação judicial. “A Esmagis contribui para uma Justiça mais eficiente, qualificada e sensível ao viés humano e social que deve nortear a magistratura”, afirmou.

A cerimônia foi encerrada com a palestra do professor doutor Marco Aurélio Marrafon, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que abordou os desafios da democracia na era digital.

“A democracia se legitima quando temos um regime em que as pessoas podem ser livres para escolher representantes e se expressar, compondo uma régua, uma tábua de direitos fundamentais essenciais à própria democracia. O primeiro grande desafio é o resgate e a efetividade desses direitos, a reorganização dos papéis do Estado e das instituições, bem como reestruturar o Estado brasileiro para enfrentar os dilemas do século XX”, finaliza Marrafon.

Mais do que celebrar uma trajetória, os 40 anos da Esmagis reafirmam o papel da formação como alicerce de um Judiciário forte, humano e preparado para os desafios do presente e do futuro. A escola que nasceu para qualificar magistrados segue sendo espaço de reflexão, transformação e compromisso com uma Justiça que evolui junto com a sociedade.