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Prefeito Mauro Mendes dará a palavra final sobre aumento em Cuiabá
Membros do Conselho Municipal de Transporte resolveram adiar a apreciação do reajuste tarifário do transporte coletivo da capital, que pode passar de R$ 2,60 para R$ 2,97, de acordo com uma nova planilha apresentada pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTU). O conselho retomará a apreciação só depois do recesso de carnaval.
A reunião do conselho aconteceu na Secretaria Municipal de Assistência Social e foi marcada por clima de tensão. Começou às 16h e durou até por volta das 17h30.
O presidente do Conselho, secretário municipal de Trânsito e Transporte Urbano, Antenor Figueiredo, até tentou dar continuidade na apreciação de uma planilha, mas devido ao pedido de vista e a pressão de usuários do transporte, que puderam participar pela primeira vez da reunião, o pedido foi acatado.
A solicitação foi feita pela presidente da Associação dos Usuários do Transporte (Assut) e membro do conselho, Marleide de Oliveira. Ela argumentou que a tabela não lhe foi enviada e nem aos demais membros e que não havia como apreciar se não houve tempo para uma análise aprofundada dos números.
Diante da situação, foi dado o prazo de 48 horas para os conselheiros receberem o documento e dentro de cinco dias úteis a discussão será retomada, bem como a votação.
Nessa planilha, consta que o valor do transporte coletivo em Cuiabá deve ser de R$ 2,97 e não R$ 3,10 como foi proposto anteriormente pelos empresários do setor. “Essa planilha foi construída no mesmo modelo das já confeccionadas pelo Ministério Público. São dados, não tem como burlar”, disse o secretário.
Mesmo pedindo vista para apreciar o documento, a opinião de Marleide é a mesma. “Não concordo com o aumento por diversos motivos, entre eles está à qualidade dos ônibus, aliás, a falta de qualidade. São todos um lixo”, disse.
Segundo ela, a aprovação ou não da planilha não cabe ao conselho e sim ao Executivo e Legislativo municipal. “Ninguém quer assumir essa responsabilidade. Mas caso haja o aumento, vamos às ruas novamente”, ressaltou.
O vereador Dilemário Alencar lembrou ainda que, antes de se falar em aumento, o usuário deve ser ressarcido pelos R$ 0,25 que pagou a mais em cada passagem no ano passado. No começo da reunião, o vereador afirmou que se a indicação de aumento fosse aprovada a Justiça será acionada.
Membros da Central Única dos Trabalhadores (CUT), servidores do Correios e outras entidades estiveram na reunião e se manifestaram contra o aumento. A tarifa foi reduzida para R$ 2,60 no ano passado após análise dos custos das empresas.