Professores e técnicos da rede municipal de educação de Cuiabá decidem hoje se entram em greve ou não. Durante assembleia geral, a categoria votará a proposta apresentada pelo Governo Municipal depois da aprovação do indicativo de greve.
Chances de suspensão das aulas são grandes após vários representantes escolares já se manifestarem contra a sugestão municipal. Presidente da subsede de Cuiabá do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), João Custódio conta que dentre as reivindicações estão a recomposição salarial de 12,40%, mudança nas publicações de elevações de nível, aposentadorias e licenças-prêmio, realização do concurso público, revisão da Lei Orgânica que rege os profissionais da educação e reforma nas unidades escolares.
Custódio diz que a gestão municipal apresentou seus posicionamentos, mas ainda assim não foi satisfatório. No quesito salário, o percentual de 9,31 % foi implantado na folha de pagamento de julho e corresponde à inflação do período de julho de 2014 a junho de 2015. Já o percentual de 3,09% de ganho real de salário foi negado pelo prefeito Mauro Mendes, sob alegação de que a prefeitura está no limite máximo de comprometimento da receita líquida com despesas de pessoal.
Com relação às publicações, o posicionamento apresentado diz que a demanda foi passada à Secretaria Municipal de Educação para dinamizar o processo. Sobre o concurso, o sindicato foi informado que o edital está sendo finalizado e deve ser publicado até o mês que vem, já sobre a Lei Orgânica, uma comissão interna está sendo montada. Finalmente, sobre as reformas, um quadro contendo as unidades reformadas foi apresentado.
Diante destas propostas, o sindicalista informa que vários representantes ainda são favoráveis à greve. Segundo Custódio, algumas pautas são cobradas do governo desde 2013 quando foi realizada outra greve.
Na ocasião, os profissionais ficaram paralisados por cinco dias, até que o governo apresentou propostas que foram aceitas pela categoria. O presidente do sindicato ressalta que a categoria está aberta a negociações.
Secretário de governo e comunicação, Kleber Lima disse que o governo apela para a categoria não parali-sar as atividades e entender que não é possível atender a pauta sobre o ganho real por causa do momento de crise que o país está vivendo e porque a prefeitura já está próxima do máximo permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Lima reiterou que o governo possui uma boa relação com a categoria e tem atendido a todos os pleitos.