Cidades Quinta-Feira, 03 de Abril de 2014, 08h:25 | Atualizado:

Quinta-Feira, 03 de Abril de 2014, 08h:25 | Atualizado:

JACARANDÁ

Recém-inaugurado, residencial em VG não conta com água e luz

 

GD

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

casas-jacaranda.jpg

 

Famílias contempladas com imóveis no Residencial Jacarandá, conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida, inaugurado no dia 28 de março em Várzea Grande, estão na escuridão, dormindo no calor e utilizando velas enquanto a Rede Cemat não faz as ligações dos padrões. O conjunto foi inaugurado com a presença do ministro das Cidades, Gilberto Occhi.

As 911 casas também foram entregues sem ligação de água, apesar de a rede de distribuição já estar devidamente instalada. Pelo menos 150 famílias já estão morando nas casas. Até a manhã desta quarta-feira (2), para tomar banho precisavam se deslocar até a casa de familiares em outros bairros ou recorrer aos caminhões-pipas. Porém, o problema da água foi resolvido após várias cobranças de um grupo de moradores.

Além de Occhi, a inauguração contou com a presença do governador Silval Barbosa (PMDB) e do prefeito da cidade, Walace Guimarães (PMDB). Era esperada a visita da presidente Dilma Rousseff (PT) que chegou a confirmar a vinda, mas desmarcou o compromisso 2 dias antes. Mesmo incompleto, o residencial foi inaugurado.

Moradores acusam os responsáveis pela inauguração de promoverem uma “maquiagem” para a cerimônia oficial. “Eles fizeram uma ligação direta na casa de uma moradora deficiente e através da 'gambiarra' disponibilizaram energia só na casa dela. Também encheram a caixa d'água com caminhão-pipa, porque o registro que liberou a água para ela só foi ligado nesta quarta”, denuncia o motorista Cleber de Matos, 35, um dos moradores que já ocupam os imóveis.

Cleber tomou a frente das conversas, pela disponibilidade de locomoção e, desde o lançamento do residencial, fez várias visitas à Superintendência de Políticas Habitacionais do município de Várzea Grande.

Relata que cobrou pessoalmente do secretário Tarciso Bassan e disse a ele que um grupo de moradores já tinha chamado a imprensa para mostrar o descaso da falta de água e energia. Após isso, os registros foram ligados na manhã desta quarta-feira. Em relação à Cemat, ele disse que também ligou e cobrou solução e ouviu de uma atendente que já tinham mais de 500 ligações efetuadas pelo mesmo problema, mas que não tinha prazo para resolver o impasse. 

O morador afirma que os beneficiados com as casas assinaram o contrato se comprometendo a ocupar o imóvel dentro de um mês. Agora, segundo ele, as famílias que não se mudaram devido o problema da energia e da água temem alguma punição caso a fiscalização faça uma visita e constate que os imóveis ainda não foram ocupados. “Mas o problema é que entregaram sem energia e a Cemat disse que não tinha prazo para resolver. Isso é um descaso com a gente, um desrespeito total. Como que inauguram uma coisa pela metade?” questiona Cleber que estava desde dezembro de 2013 morando num ginásio no bairro Jardim Glória 2 junto com outras 27 famílias. Por isso, justifica que já se mudou para sua casa, mesmo incompleta.

Outra moradora que já ocupou seu imóvel, a estudante Vivian Pinheiro, 24, também está há uma semana junto com o marido dentro da casa. “Estamos utilizando velas enquanto não ligam a energia. Para tomar banho estamos recorrendo a casa de amigos e familiares que moram em outros bairros”. O casal não tem filhos, mas Vivian relata que várias das famílias que já se mudaram têm crianças pequenas e os transtornos são ainda maiores.

As moradias do Jacarandá estão localizadas às margens da avenida Mário Andreazza com acesso pelo Trevo do Lagarto. De acordo com a Prefeitura de Várzea Grande, cada imóvel tem área privativa de 40,24 m² sendo composto por 2 quartos, circulação, sala, cozinha, banheiro, área de serviço e piso cerâmico, em todos os ambientes. Do total das 911, que compreendem as duas etapas do Residencial Jacarandá, 28 unidades são adaptadas para pessoas com necessidades especiais, área de 50,74m². Os moradores vão pagar parcelas entre R$ 25 a R$ 80, valores que comprometem no máximo 5% dos salários.

Outro lado: Por meio da assessoria de imprensa,a Rede Cemat confirmou o problema e relatou que o prazo final para fazer as ligações era 31 de março. Garante que o projeto está 98% concluído e será finalizado nesta quinta-feira (03). Na sexta-feira realizará um mutirão para fazer as ligações individuais. A assessoria disse que vários problemas nas obras resultaram no atraso, inclusive a construtora Aurora chegou a pedir que o prazo de entrega fosse ampliado. Mas isso não aconteceu e o lançamento ocorreu no final de março. A Cemat disse que lamenta pelos transtornos e está empenhada para resolver a questão o mais rápido possível.





Postar um novo comentário





Comentários

Comente esta notícia






Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet