Cidades Segunda-Feira, 10 de Março de 2025, 15h:45 | Atualizado:

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RECORD

Resort de família do tráfico é reaberto no Lago do Manso

Organização teria movimentado três toneladas de cocaína em 6 anos

BRENDA CLOSS
Da Redação

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Um resort de luxo localizado às margens do Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá), foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) por estar associado a uma família suspeita de envolvimento no tráfico internacional de drogas desde a década de 1990. O imóvel, que havia sido bloqueado pela Justiça em 2020, foi reaberto ilegalmente como pousada e restaurante, enquanto o Ministério Público investiga a destinação do local.

O caso foi exibido numa reportagem do Domingo Espetacular (Record TV) neste domingo (10). O resort, situado em uma área destinada à reforma agrária, pertence à família Morinigo, acusada de integrar uma organização criminosa responsável pelo envio de mais de três toneladas de cocaína do Paraguai para o Brasil entre 2014 e 2020.

A família também é investigada por lavagem de dinheiro, utilizando recursos do tráfico para adquirir e reformar imóveis, incluindo o resort. Em 2020, a Operação Status da PF prendeu Emílio Morinigo, patriarca da família, e seus dois filhos, Jefferson e Kleber, em um imóvel de luxo no Paraguai.

Na ocasião, a Justiça bloqueou R$ 230 milhões em bens da família no Brasil e no exterior, incluindo o resort. No entanto, após ficar abandonado por algum tempo, o local foi reaberto e está funcionando como pousada e restaurante, mesmo sem autorização legal.

O imóvel está em uma área pública, sob responsabilidade do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), e sua destinação ainda não foi definida pelo governo federal. O Ministério Público Federal (MPF) enviou ofícios ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e à Secretaria de Patrimônio da União para esclarecer o futuro do resort, mas ainda não obteve resposta. Enquanto isso, os atuais ocupantes do local estão sendo investigados por crimes como esbulho possessório, ao utilizarem um bem público para fins particulares.

A falta de fiscalização por parte da União também é alvo de críticas, com possíveis implicações de corrupção e prevaricação por parte de funcionários públicos. O leilão judicial do imóvel, previsto para janeiro de 2022, foi suspenso devido à impossibilidade de leiloar um bem da União.

Enquanto aguarda uma decisão definitiva, o resort continua em funcionamento, recebendo hóspedes e gerando controvérsias sobre a gestão de bens públicos e o combate ao crime organizado. Os membros da família Morinigo, que respondem em liberdade aos processos por tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro, aguardam o desfecho das investigações.

A defesa alega que a operação da PF foi falha e repleta de excessos, prometendo provar a inocência dos acusados.





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Comentários (3)

  • PAU NELES

    Segunda-Feira, 10 de Março de 2025, 22h49
  • ESSE INCRA DE MATO GROSSO DANDO TERRENO PARA TRAFICANTES É ISSO MESMO??? SE ISSO ACONTECE NA CHAPADA IMAGINA O QUE INCRA NÃO FAZ NO INTERIORZÃO DE MARO GROSSO???.
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  • VERGONHA.

    Segunda-Feira, 10 de Março de 2025, 17h29
  • SIMPLEMENTE VERGONHOSO.
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  • LIBERAL

    Segunda-Feira, 10 de Março de 2025, 16h39
  • A União é incompetente para fiscalizar situações semelhantes. Quantos ruralistas possuem terras do INCRA??? Mas se o cidadão vende uma árvore para comprar comida, o IBAMA tá la... como diz o Dep. Aldo Rabelo
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