Recém-inaugurada, a nova rotatória na Avenida República Monte Líbano, em Cuiabá, gerou caos sem precedentes aos motoristas que passaram pela região nesta segunda e terça-feiras, durante a ida e volta do trabalho no final da tarde e começo da noite. O congestionamento que se formou no local chegou até à Avenida Miguel Sutil e atrapalhou quem deixava o Centro Político Administrativo no famoso 'horário de pico'. 

A obra é da Prefeitura da Capital e já virou motivo de discussão na Câmara de Vereadores. No local, 12 blocos de concretos foram colocados no antigo acesso em direção ao bairro Paiaguás e ao Parque das Águas, local de intenso movimento principalmente nos finais de tarde.

Agora os condutores, que antes podiam retornar sentido à rodovia Emanuel Pinheiro, M -251, sentido à Rodovia Helder Cândia, a MT-010, conhecida como Estrada da Guia, ou até mesmo ir para o parque apenas contornando pelo Posto Bom Clima, enfrentam contratempo com a inauguração da rotatória. Uma reportagem exibida pelo programa Balanço Geral, da TV Vila Real, nesta terça-feira (7) mostrou a insatifação de vários motoristas que passavam pelo local no início da noite.

Dentre eles, estava uma motorista de van escolar, não identificada, que teve dificuldades em transitar pela região e sofreu atraso no percurso para entregar as crianças em suas casas.  "Eu pego crianças no residencial Paiaguás e levo para o Praeiro e tenho horário para chegar. Eu saio 17h05 da tarde para deixar a criança no máximo 17h15 em casa. Eu fui deixar a criança 17h45 com a mãe desesperada me ligando. Eu também sou motorista de aplicativo, a gente trabalha por hora, por metragem, isso não existe. Isso dificultou ainda mais a vida da gente, vamos melhorar isso ai", desabafou a motorista.

Por outro lado, a rotatória já virou motivo de reclamação até dos vereadores de oposição na Casa das Leis, com Michelly Alencar (UB) sendo a primeira a puxar a fila das reclamações. "Fiz um requerimento para questionar aquela rotatória. Quero entender qual é a justificativa dela. Eles fecharam a do Posto Bom Clima e abriram essa nova. Qual estudo resultou aquilo que impacta a vida dos trabalhadores?", questionou a legisladora. 

De acordo com a Secretaria de Mobilidade Urbana da capital (Semob), o local conta com a presença de agentes de fiscalização de trânsito e foi devidamente sinalizado. A Pasta pede "compreensão e colaboração da população diante das intervenções que visam melhorar a mobilidade urbana na região".

Inicialmente, a informação era de que a obra custou cerca de R$ 10 milhões aos cofres públicos. No entanto, o Alencastro explicou que o valor foi de R$ 800 mil através de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com a construtora Plaenge.