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O Serviço Móvel de Urgência e Emergên-cia (Samu) corre o risco de parar em Rondonópolis (212 km ao sul da Capital) por falta de repasses de verbas do governo do Estado. Conforme o diretor do Samu no município, Israel Paniago, há 15 meses que o governo não repassa a sua contrapartida.
A dívida, segundo ele, já alcança a quantia de R$ 755 mil e o valor serve para custear o funcionamento de um modo geral do Samu. A falta de repasses do governo estadual chamou a atenção do Ministério Público Federal em Mato Grosso.
O órgão solicitou da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) informações sobre a dívida. A SES tem 5 dias para responder aos questionamentos do MPF, a partir da data de notificação.
Caso não faça isso, ou se as informações não forem satisfatórias, o MPF, por meio da assessoria de imprensa, informou que entrará com uma ação judicial contra o Estado. Paniago explicou que o Estado tem a responsabilidade de repassar 25% de contrapartida de recursos para manter o Samu.
Completam os recursos a prefeitura do município (25%) e do governo Federal (50%). “O Samu só não entrou em colapso porque está sendo mantido pelo município, que tem tirado dinheiro da atenção básica para manter os serviços de urgência e emergência móvel em Rondonópolis”.
Ele disse que os R$ 755 mil, devidos pelo Estado, são para custear a manutenção do Samu, como a folha de pagamento, além da aquisição de novos insumos, medicamentos e equipamentos. No município, o serviço conta com 4 ambulâncias, sendo 3 básicas (com técnicos de enfermagem) e 1 avançada (com uma equipe de médicos e enfermeiros).
OUTRO LADO
A SES, por meio da assessoria de imprensa, confirmou a falta de repasse. O órgão disse que o secretário da pasta, Jorge Lafetá, se reúne com equipe técnica do Samu no sentido de quitar a dívida. No entanto, a assessoria não especificou prazos ou um calendário de pagamento. A SES disse ainda que possui um projeto que prevê a integralização do Samu. Dessa forma, o serviço cobriria em 100% o território estadual.