Cidades Quinta-Feira, 22 de Julho de 2021, 16h:40 | Atualizado:

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HÍBRIDO

Sintep lembra "julgamento vergonhoso" e ameaça não voltar às aulas em MT

Sindicalista cita que Judiciário anulou Lei da Dobra na Educação

EMILY MAGALHÃES
Da Redação

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presidente sintep.JPG

 

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Valdeir Pereira, se manifestou na tarde desta quinta-feira (22), sobre a decisão judicial que suspendeu o decreto da Assembleia Legislativa que promulgou uma Lei condicionando o retorno das aulas nas escolas públicas do Estado a imunização total dos servidores da Educação. Com a decisão, o Estado está liberado para retomar as aulas presenciais pelo sistema híbrido com rodízio entre alunos a partir do mês de agosto.

No vídeo, Valdeir declarou que não serão as decisões judiciais que determinarão o retorno das atividades presenciais. “O Sintep Mato Grosso se pauta pela legislação, mas decisões judiciais. Não são elas que determinam nesse momento em que nós ainda estamos numa pandemia, o retorno ou não das atividades nas nossas unidades escolares”, disse o presidente.

Valdeir também argumentou que o Judiciário raramente adota posição favorável aos trabalhadores da Educação.“Já sabemos que o judiciário do Estado de Mato Grosso raramente tem posições favoráveis aos trabalhadores da Educação. Há poucos dias, tivemos um julgamento vergonhoso da inconstitucionalidade da lei 510, que é a lei da dobra do poder de compra, e não são esses parâmetros do judiciário, em plena pandemia, se determinará o retorno ou não das atividades”, continuou Pereira.

Além disso, o presidente do Sintep afirmou que a classe vai se reunir nos próximos dias para definir sobre o retorno das aulas. “Nos próximos dias, chamaremos os trabalhadores da Educação para fazer essa discussão e com base nesse debate é que nós teremos as decisões se as aulas e se as nossas escolas estão devidamente preparadas para os nossos trabalhadores imunizados retornarem as atividades presenciais com os estudantes na rede estadual”, finalizou.

DECISÃO

O desembargador Paulo da Cunha concedeu uma liminar suspendendo a decisão da Assembleia Legislativa que promulgou uma Lei condicionando o retorno das aulas nas escolas públicas do Estado a imunização total dos servidores da Educação. Com a decisão, o Estado está liberado para retomar as aulas presenciais pelo sistema híbrido com rodízio entre alunos a partir do mês de agosto.

A ADI (Ação Direta de Insconstitucionalidade) pela Procuradoria-Geral de Justiça. Nela, o chefe do Ministério Público Estadual, José Antônio Borges Pereira, explicou que a decisão do Legislativo feriu o "princípio da separação dos poderes porque a iniciativa invadiu competência do Poder Executivo, haja vista que a matéria é reservada à gestão administrativa do chefe do Poder Executivo, situação que evidencia a inconstitucionalidade formal por vício de iniciativa".

O Estado também citou os prejuízos causados aos alunos em decorrência dos efeitos da pandemia gerada pela Covid-19. "Essa invasão de competência certamente ocasionará drástica alteração no calendário escolar, causando prejuízo aos alunos e às atividades escolares. Afiança que, de igual modo, afronta ao princípio da razoabilidade e ao direito à educação, pois os demais servidores públicos do Estado de Mato Grosso seguem o trabalho no plano presencial, sem tal exigência, obedecendo somente às regras sanitárias para prevenção", comparou.

CONTRADIÇÃO

Em sua decisão, o desembargador apontou uma contradição por parte da Assembleia Legislativa. Ele lembrou que em maio os parlamentares declararam a Educação como essencial durante a pandemia, mas em junho mudaram de ideia condicionando a vacinação a somente da rede estadual, "enquanto os demais (municipal e privado) não tiveram suas atividades presenciais condicionadas à comprovação da imunidade da vacinação contra o novo coronavírus".

Paulo da Cunha observa que, de fato, o Legislativo interferiu nas atribuições do Executivo. "A Casa de leis interferiu de forma direta nas atividades da Seduc, a quem compete, entre outras atribuições, administrar as atividades estaduais de educação, imiscuindo-se no juízo de conveniência e oportunidade da gestão estadual, por ser atividade nitidamente administrativa, representativa de atos de gestão, de escolha política para a satisfação das necessidades essenciais coletiva", afirma.

Ao final, o magistrado destaca que o calendário precisa ser cumprido no Estado. "De outro lado, o periculum in mora, que se traduz no receio de retardamento de decisão judicial poder causar dano grave ou de difícil reparação ao direito ou ao bem tutelado, é indiscutível, uma vez que a norma encontra-se em vigor e o retorno das atividades eaulas, na modalidade presencial, na rede público de ensino, está previsto para 3 de agosto de 2021, conforme calendário da Secretaria Estadual de Educação, o que gerará prejuízos aos alunos e aos profissionais da rede de ensino estadual, pois existente cronograma de calendário a cumprir", determinou dando prazo de cinco dias para partes do processo se manifestarem.

 





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Comentários (24)

  • colibri

    Sexta-Feira, 23 de Julho de 2021, 15h06
  • Deixa esse acéfalo agitar mesmo os jumentos que mantem a sua mordomia com desconto de contribuição que logo ele acha um mandado de prisão por desobediência e ordem judicial para cortar ponto dos jumentos que nao querem trabalhar ai resolve se tudo.
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  • Mulher de bem

    Sexta-Feira, 23 de Julho de 2021, 14h54
  • A mim, o Sintep não impõe nada. Depois da "coça " de 2019, estou fora de peitar MM e seu bando de malvados. Bora trabalhar, que a carne tá cara e os boletos, vencendo.
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  • marcio campos

    Sexta-Feira, 23 de Julho de 2021, 11h36
  • Infelizmente os alunos das escolas publicas de MT foram os mais prejudicados com a pandemia, temos municípios que voltaram as aulas desde o ano passado como Sorriso, mas aqui em Cuiabá temos um Prefeito que sempre e contra o que o governo aprova, temos um sindicato que protege funcionários públicos vagabundos que não querem trabalhar, pois esta ótimo ficar em casa tomando umas e com o salario em dia, se depender de alguns as aulas só começam em 2025.
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  • fernando

    Sexta-Feira, 23 de Julho de 2021, 08h19
  • vai trabalhar petralhas
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  • Douglas Ricardo

    Sexta-Feira, 23 de Julho de 2021, 08h13
  • O SiNTEP sindicato que desde sempre ao invés de buscar benefícios e qualidade de vida dos trabalhadores da educação, busca sempre inflamar as discussões com finalidades políticas. A alguns anos atrás até me simpatizei pelas brigas deste sindicato, por uma classe que não é valorizada a altura, porém quando a honra e dignidade são colocadas de lado, para usar a entidade em militâncias políticas, ha um desvio de função e foco de objetivo, com isso a entidade perdeu e perde toda sua credibilidade, assim perdendo o principal objetivo de sua existência, tornando-se somente mais um viés político de que entidade por direitos de classe.
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  • INDIGINADA

    Sexta-Feira, 23 de Julho de 2021, 07h52
  • Todos os dias noticias de que um professor faleceu por conta da COVID, como? se eles estão em casa afastados! Mentira não pararam suas vidas, só não querem dar aula. O que tem de diferente na rotina deles NADA pois nunca gostaram de trabalhar mesmo. Sou servidora Publica e não paramos estamos ai trabalhando. Uma vergonha essa classe (não são todos).
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  • Daniel

    Sexta-Feira, 23 de Julho de 2021, 07h37
  • A maioria desses professores tem filhos que estudam em escola particular, então eles não estão nem ai. As escolas particulares já voltaram faz tempo suas atividades, mas as escolas publicas do município e do estado nada ainda.
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  • aloisio

    Quinta-Feira, 22 de Julho de 2021, 22h02
  • A escola precisa voltar, não é pela Assembleia, pelo Governador, pela Ministério Público ... precisa voltar porque há alunos e alunas passando fome. Simples assim. Lamentável, que nossos magistrados e gestores do estado não dizem isso com todas as letras. Essa é a escola que temos e que muitos exigem que tenham as melhores notas nas avaliações externas. Como, Senhores? Infelizmente, a soja, o gado recebem mais atenção do que gente. Esse é o cenário. Em décadas de docência, nunca presenciei um governador, um magistrado, um secretário da educação em visita a uma escola. Não é por acaso.
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  • Tereza

    Quinta-Feira, 22 de Julho de 2021, 21h39
  • Síntep explica aí para mim diferença de professor dos outros servidores públicos que faz tempo que estão trabalhando, professor não generalizando, a maioria vive atestado médico conheço muitos que se somar dez anos que consta cm trabalhado no final metade e de afastamento através de licença médica, vão esperar final da pandemia pra voltar sala de aula? Se não querem receber alunos tinham que ir para as escolas dar suas aulas virtuais de dentro sala de aula.
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  • Nilson Ribeiro

    Quinta-Feira, 22 de Julho de 2021, 21h00
  • Esses que querem o retorno à aulas com certeza já foram imunizados, sim, Já tomaram as duas dose ou o IMUNIZANTE de dose única. Foi incluído como prioridade, presidiário, moradores de ruas dentre outros, menos os profissionais da educação. Por que???
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  • João José

    Quinta-Feira, 22 de Julho de 2021, 20h20
  • Olha a cor da camisa do safado!!!
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  • João José

    Quinta-Feira, 22 de Julho de 2021, 20h18
  • Infelizmente esse sindicato é comandado por comunistas safados que nunca gostaram de trabalhar
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  • Paulo Sérgio

    Quinta-Feira, 22 de Julho de 2021, 19h38
  • "Pra que voltar as aulas? Tão bao receber e ficar em casa. A resistência vai ser grande." Assim uma grande maioria pensa. Por isso eu digo: Privatização da educação já!!!!
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  • servidor

    Quinta-Feira, 22 de Julho de 2021, 19h08
  • sou servidor da educação e queremos que volte as aulas esse sindicato não representa a maioria dos servidores ....
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  • Antônio

    Quinta-Feira, 22 de Julho de 2021, 18h59
  • Estão corretos os professores... Se alguém for contaminado o Estado vai pagar os gastos com médico?? Ou a perda de um familiar?? O poder judiciário está de férias eternas nessa pandemia... Essas decisões demonstram que o TJ MT é um puxadinho da sala do governador...
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  • Rafael neto

    Quinta-Feira, 22 de Julho de 2021, 18h28
  • Quer receber sem trabalhar né seu morgado. Esses esquerdistas não aprendem mesmo
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  • Tonho

    Quinta-Feira, 22 de Julho de 2021, 18h17
  • Esse Sintep tem que entender que os servidores da educação não vivem só na escola ? os professores vão a reuniões familiares, mercado, farmácia ? andam por aí. Lembrando que nem todos professores tem esse pensamento do sintep
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  • Maria José

    Quinta-Feira, 22 de Julho de 2021, 18h11
  • Borá trabalhar povo!!!! Tá todo Mundo trabalhando ? se for pra voltar somente depois de vacinação ? então vamos aplicar a regra para todos trabalhadores públicos e privados? aí quero ver!!!!
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  • FELIPE PEREIRA DE PINHO

    Quinta-Feira, 22 de Julho de 2021, 17h49
  • É uma vergonha mesmo as outras categorias não pararam como a saúde obras entre os outros, eles vem falar que não vão voltar as salas de aulas.e pra acabar mesmo.
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  • Leal

    Quinta-Feira, 22 de Julho de 2021, 17h28
  • Deixa ver se entendi : o pessoal da Saúde trabalhou desde o 1º dia da Pandemia , com ou sem vacina. A enorme maioria dos servidores públicos está trabalhando normalmente.As caixas do supermercado que têm contato com centenas de pessoas diariamente. O pessoal do transporte público?Mas os ?maravilhosos? de Educação??? Eles nãããooo!!! Só eles tem que ser preservados e não precisam trabalhar. Não por acaso é a secretaria onde historicamente mais tem funcionário afastado do trabalho por motivos de doença. E isso muito antes da Pandemia?Os professores deveriam exigir todas as medidas de proteção contra a COVID19, mas pensar no preço que os alunos vão pagar por todo esse tempo sem aulas?
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  • MT de joelhos

    Quinta-Feira, 22 de Julho de 2021, 17h27
  • Se nós soubéssemos o qto é pesado e sórdido os bastidores das relações entre os poderes por baixo dos panos desse governador Mauro goiano, q do dia para noite ,de empresário em recuperação judicial a hj um próspero empresário de garimpos e pchs,perderíamos as esperanças nas instituições!Td em benefício do estado e do Governador e nada a favor dos bravos funcionários da educação!! Vergonhoso!
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  • Juliano

    Quinta-Feira, 22 de Julho de 2021, 17h12
  • Passou da hora das aulas presenciais voltarem em MT. TODOS trabalhadores já voltaram a trabalhar no mundo todo. Só os professores não querem voltar.
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  • alexandre

    Quinta-Feira, 22 de Julho de 2021, 16h56
  • TJ foi o primeiro a parar por causa do covid, mas quer outros vão trabalhar, dois pesos e duas medidas
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  • Joana

    Quinta-Feira, 22 de Julho de 2021, 16h50
  • voltar? mas não tem aula presencial/hibrida faz mais de 1 ano? enquanto isso na rede particular os professores trabalharam mais de 4 meses sem vacina, né? e teve muito professor ano passado das escolas menores que teve que comprar computador e melhorar a internet sem ajuda de custo, pagaram do proprio bolso, não é?
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