Técnicos administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) devem se reunir na próxima sexta-feira (28) em protesto na frente da instituição para cobrança do cumprimento integral do acordo de greve, firmado em 2024. Está prevista ainda a realização de uma assembleia-geral e votação de um indicativo de greve a partir de abril.
Conforme informações do Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Públicas de Ensino Superior no Estado de Mato Grosso (Sintuf-MT), todos os técnicos administrativos ativos e aposentados das Instituições Públicas de Ensino Superior no Estado de Mato Grosso, das fundações vinculadas, da Empresa Pública de Serviços Hospitalares e demais empresas com vínculo ou contrato com as instituições de ensino superior públicas estão sendo convocados para o ato.
A manifestação organizada pelo Sintuf em conjunto com a Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat) terá início às 7h, na Guarita 01, localizada na entrada da avenida Fernando Correa da Costa, no campus da UFMT em Cuiabá. Após o ato, está previsto que os técnicos administrativos participem de uma assembleia geral que ocorrerá no mesmo local, a partir das 8h30, sob a sombra das árvores próximas à guarita, para discutir a aprovação de “Estado de greve”, a partir de 01 de abril.
A entidade ainda informa que durante a assembleia serão apresentados balanço das discussões e decisões tomadas na última reunião do Conselho Universitário (Consuni) da UFMT, informações sobre mobilizações e estratégias para pressionar parlamentares pela aprovação da Medida Provisória 1286, que trata de questões relevantes para os servidores públicos, atualizações sobre o reajuste salarial após aprovação da LOA, entre outros temas.
A paralisação das atividades no dia 28 de março foi decidida como forma de protesto diante da recente suspensão da reunião da mesa de negociação com o governo. Os servidores cobram o cumprimento integral do Termo de Acordo da Greve de 2024 e pela retomada imediata das negociações.
“A suspensão da mesa de negociação marcada para esse dia demonstra a falta de compromisso por parte do governo em atender às nossas reivindicações. A continuidade da nossa paralisação é um sinal nítido de que estamos determinados a lutar pelo cumprimento integral do acordo de greve de 2024”, afirmou a coordenadora do SINTUF-MT, Marillin de Castro.
O Sintuf-MT já encaminhou os ofícios de comunicação da paralisação, do ato e da assembleia para a gestão da UFMT, suas pró-reitorias de campus, o HUJM e a UFR. Em março de 2024, os servidores técnico-administrativos da UFMT entraram em greve reivindicando aprimoramento da carreira, reajuste salarial e melhores condições de trabalho. A paralisação durou 105 dias e só encerrou após a aprovação de um termo de acordo proposto pelo governo e corrigido pelo Comando Nacional de Greve. Na época, o Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Públicas de Ensino Superior no Estado de Mato Grosso (Sintuf-MT), destacou que a proposta contemplou avanços, pois atendeu em torno de 80% das reivindicações da categoria.