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TJ mantém preso maníaco que matou mulher e trancafiou corpo com filho em MT

 

MARIANA LENZ
Gazeta Digital

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A juíza Janaína Cristina de Almeida, da Vara Criminal de Diamantino, manteve a prisão do réu José Edson Douglas Galdino Santos, pronunciado pelo feminicídio de Lorrane Cristina Silva de Lima, morta na frente dos filhos, que foram trancados em casa junto de seu corpo por dias, em março de 2024. A magistrada salientou a manutenção da prisão como “necessária para garantia da ordem pública” e por avistar “risco de reiteração delituosa”.

Conforme os autos, uma alteração no Código Penal motivou a revisão da prisão preventiva de José Edson por conta da inclusão do parágrafo único, do artigo 316, do CPP, que prevê que o juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva se, no correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista.

A magistrada considerou então que, diante do reexame obrigatório do caso e independente de provocação das partes, foi analisado que por ciúmes, José Edson desferiu golpes de faca na companheira, continuando a golpeá-la mesmo quando já estava caída ao chão, totalizando 12 lesões por arma branca que resultaram em sua morte. O denunciado teria ainda a violentado sexualmente após o crime.

“Como se não bastasse, o delito foi cometido na presença dos dois filhos menores da vítima, sendo que o menor Luiz Gabriel de 7 anos de idade teria visualizado o réu agredindo sua mãe, bem como relatou que o denunciado utilizou o dedo da vítima para desbloquear o aparelho celular. Além do que, o acusado determinou que ele e o irmão ficassem em outro cômodo da residência enquanto ele iria comprar remédios, tendo o réu ido embora e não mais retornado, deixando as crianças sozinhas na presença do cadáver da mãe, por um período de aproximadamente 48 horas”, cita.

A magistrada pontuou ainda que a vítima só foi encontrada porque a diretora da escola onde as crianças estudavam sentiu a falta delas e foi até a residência, bem como acionou a Polícia Militar. “Com isso, denota-se a nocividade do acusado ao convívio em sociedade, recomendando o acautelamento do meio social. Ademais, esse tipo de delito gera desconforto e aterroriza a sociedade pelas suas consequências, vez que, supostamente, o acusado ceifou a vida de seu semelhante, o que causa grande comoção social. Outrossim, insta registrar que o denunciado possui medida protetiva deferida em favor de sua ex-namorada, em razão de a ter perseguido”, enfatiza.

Diante do exposto, a juíza considerou que, não há nada que, neste momento, afaste o aspecto cautelar e provisório da prisão preventiva de José Edson, revelando-se “necessária para garantia da ordem pública, haja vista o risco de reiteração delituosa”. Com a sentença de pronúncia já transitada em julgado, o processo segue para a fase de julgamento no Tribunal do Júri. O Ministério Público e as defesas foram intimados a apresentar, em 5 dias, o rol de testemunhas para a audiência.

O caso

Corpo de Lorrane Cristina Silva de Lima, 23, foi encontrado no dia 13 de março de 2024 após a polícia ir à sua casa averiguar o motivo pelo qual os filhos da jovem estavam faltando às aulas dois dias seguidos. A família morava em Diamantino (208 km a médio-norte de Cuiabá).

A diretora da escola estranhou a situação e foi até a residência, quando um dos meninos falou com a professora, de dentro da casa, que a mãe estava dormindo e o padrasto havia ido comprar remédios e os deixou trancados na casa e que não tinham a chave do portão.

Os policiais pularam o muro e entraram na casa, quando sentiram o mau cheiro vindo de um dos quartos. A vítima estava no chão, sem vida e com uma faca ao lado do corpo. As duas crianças estavam em outro quarto, em pânico, e foram retiradas do local e entregues aos cuidados do Conselho Tutelar.

O autor do feminicídio foi preso no dia 19 de março de 2024, na cidade de Rurópolis, no sul do Pará. Ele foi localizado no guichê de uma empresa de ônibus, na rodoviária da cidade paraense, por uma equipe da PM.

José Edson afirmou que cometeu o crime para conseguir usar a digital da vítima e desbloquear o celular dela. O criminoso tinha um registro anterior, de abril de 2022, pelo crime de perseguição, denunciado por outra ex-companheira dele, na cidade de Lucas do Rio Verde.





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