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APITO FINAL

TJ mantém prisão de “sentinela” que avisava tesoureiro do CV-MT

Alvo ainda participou de negociação de apartamento em SC

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Alethea Assunção Santos, manteve a prisão de Odair José Prins, alvo da Operação Apito Final, e apontado como um “sentinela” de Paulo Witer. Conhecido como WT, Witer seria uma das principais lideranças do Comando Vermelho em Mato Grosso, tendo o papel de tesoureiro-geral da facção criminosa.

Em decisão publicada nesta segunda (21), Prins pediu a revogação da prisão preventiva em razão do fim da instrução - a produção de provas, caracterizada como a apresentação de documentos, a realização de depoimentos e demais indícios que confirmam ou contestam as suspeitas no processo. “Aduz, em síntese, que, após o encerramento da instrução processual, ‘novos fatos são trazidos até a elevada presença de vossa excelência, fatos esses que evidenciam que a liberdade de Odair não trará prejuízo nenhum para garantia da ordem pública, econômica e garantia da instrução criminal’”, defende o réu.

A juíza Alethea Assunção Santos possui entendimento diferente, e lembrou de movimentações suspeitas em contas bancárias além de indícios de que Prins teria a “missão” de acompanhar a negociação de um apartamento em Itapema - uma badalada cidade litorânea de Santa Catarina. O imóvel, segundo as investigações, foi adquirido por “WT” com o dinheiro dos crimes do Comando Vermelho.

A denúncia revela ainda que o réu teria o papel de “sentinela de WT”, citando um episódio num hotel do Rio de Janeiro (RJ) em que ele, o suposto tesoureiro da facção criminosa, e outros suspeitos, tiveram que “sair às pressas” do estabelecimento ante a presença de policiais. “Odair teria a função de ‘olheiro/sentinela de WT, cuja função seria avisar o faccionado sobre a presença de policiais nas imediações de onde Paulo Witer estivesse’, sendo que ‘em março de 2024, quando estavam na cidade do Rio de Janeiro Odair foi visto saindo às pressas de um hotel onde estava hospedado com Paulo Witer, Andrew e Alex, após perceber a presença de policiais nas imediações do condomínio’”, observou a magistrada.

Segundo investigações da Polícia Judiciária Civil (PJC), Paulo Witer usava o time de futebol amador "Amigos do WT" como forma de lavar dinheiro do crime organizado. Ele foi preso em Maceió (AL) com o jogador Alex Junior Santos Alencar, onde acompanhava um campeonato, no fim do mês de março de 2024.

A operação cumpriu 25 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão, além da indisponibilidade de 33 imóveis, sequestro de 45 veículos e bloqueio de 25 contas bancárias ligadas a um esquema de R$ 65 milhões. A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da PJC, revela que Paulo Witer “usava” diversas pessoas - incluindo amigos, familiares e advogados atuando como “laranjas”' -, para adquirir imóveis, comprar e vender veículos, e também atuar na locação de carros.

Conforme as investigações, mesmo sem ter renda lícita, os investigados compraram duas BMW X5, um Volvo CX 60, uma Toyota Hilux, duas VW Amarok, um Jeep Commander, um Mitsubishi Eclipse e um Pajero, além de diversos Toyota Corolla.





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