Cidades Domingo, 03 de Agosto de 2025, 14h:25 | Atualizado:

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OPERAÇÃO APITO FINAL

TJ nega 2 pedidos de liberdade ao tesoureiro de CV que girou R$ 65 milhões do crime

Ele é acusado de lavar dinheiro do crime com imóveis e carros de luxo

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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A Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT) negou dois habeas corpus que pedem a liberdade de Paulo Witer, o WT” suspeito de ser o tesoureiro da facção criminosa Comando Vermelho. Os magistrados da Primeira Câmara seguiram por unanimidade os votos do desembargador Marcos Machado, relator de ambos os habeas corpus, em sessão de julgamento ocorrida na tarde desta terça-feira (29).

Um dos processos julgados apura suspeitas reveladas na operação “Fair Play”, de um suposto esquema de lavagem de dinheiro do comércio de drogas na aquisição de um apartamento no litoral de Itapema (SC). A defesa de WT apontou uma “manobra” da Polícia Judiciária Civil (PJC), que não teria citado a compra do imóvel nas investigações que culminaram na Operação Apito Final - que deu origem à Fair Play -, como justificativa para um novo pedido de prisão contra o suspeito.

“Inegável manobra processual feita pela Polícia Civil com o exclusivo uso e propósito de manter Paulo Witer diante da iminente fragilidade e desidratação da prisão preventiva decretada na Apito Final”, alegou a defesa.

O desembargador Marcos Machado, por sua vez, reconheceu que parte dos argumentos são relevantes, mas num contexto da ação penal, da análise das provas num eventual recurso, o que não é permitido no habeas corpus. O magistrado lembrou ainda que a primeira instância manteve a prisão de Paulo Witer numa reavaliação do caso ocorrida recentemente.

Em relação à Operação Apito Final, a defesa também alegou a suposta falta de provas nos autos, que aponta que WT seria uma liderança importante do CV de Mato Grosso e teria movimentado pelo menos R$ 65,9 milhões da facção comprando imóveis e carro de luxo para dar ares de legalidade ao dinheiro oriundo de ações criminosas. 

“Nenhuma testemunha afirmou que Paulo comandava ou comanda, ou lidera, tal organização. Não há nenhum elemento, nenhum documento, uma interceptação, uma movimentação financeira robusta que aponte essa condição”, diz a defesa.

Marcos Machado também não concedeu a liberdade ao suspeito na ação específica da "Apito Final", lembrando que ele possui condenações em outros processos que ultrapassam 37 anos de prisão, e que sua prisão era necessária para a garantia da ordem pública.

Segundo as investigações, WT - que além de tesoureiro-geral do CV em Mato Grosso seria homem de confiança de Sandro Louco -, usava o time de futebol amador "Amigos do WT" como forma de lavar dinheiro do crime organizado. Ele foi preso em Maceió (AL) com o jogador Alex Junior Santos Alencar, onde acompanhava um campeonato, no início de 2024.

A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil (PJC), revela que Paulo Witer “usava” diversas pessoas - incluindo amigos, familiares e advogados atuando como “laranjas”' -, para adquirir imóveis, comprar e vender veículos, e também atuar na locação de carros.





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