Foragido há quase um mês por ter espancado e torturado a então namorada com uma barra de ferro por cerca de quatro horas, o morador de Primavera de Leste (231 km de Cuiabá), Jonathan Galbiatti Mira, de 26 anos, teve pedido de habeas corpus negado pelo desembargador Rondon Bassil Dower Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Mesmo foragido, o empresário investigado por lesão corporal, ameaça, tortura e injúria contra a ex-namorada contratou o escritório de um renomado advogado criminalista de Cuiabá para tentar revogar a prisão preventiva. O juiz Roger Augusto Bim Donega, da 2ª Vara Criminal de Primavera do leste, assinou o decreto prisional contra o agressor no dia 24 de maio e citou prints de conversas entre o pai da vítima e o autor da violência, onde Jonathan afirma que "vai matar a vítima”.
O HC foi impetrado no dia 31 de maio e passou a tramitar na 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça sob relatoria do desembargador Rondon Bassil Filho. Ele negou o pedido de liminar na última quarta-feira (16).
A íntegra do despacho ainda não foi publicada nos autos, de modo que não é possível saber quais argumentos foram utilizados pela defesa e nem o teor da decisão liminar do desembargador Rondon Bassil.
Conforme divulgado por FOLHAMAX, Jonathan Galbiatti espancou a namorada dentro da casa dele numa sessão de tortura de aproximadamente quatro horas. A vítima, que também tem 26 anos, manteve relacionamento com o acusado durante seis anos e conforme detalhes da prisão preventiva, a relação era marcada pelo comportamento agressivo e descontrolado de Jonathan.
Detalhes da sessão de tortura foram descritos pelo Ministério Público Estadual (MPE) ao representar pela prisão do agressor. Segundo o MPE, a vítima manteve um relacionamento abusivo com Jonathan que foi marcado pelo comportamento agressivo, destemperado e descontrolado dele apontado como “extremamente ciumento e possessivo e buscava controlar, intimidar e submeter a vítima às suas vontades. Há relatos que durante discussões, o representado quebrava objetos em razão de seu descontrole".
Após o término do relacionamento, no dia 19 de maio, por volta das 19h, a vítima se encontrou com o ex-namorado e ambos foram aara a casa dele. No local, o rapaz preparou um jantar e os dois tomaram vinho juntos.
Em determinado momento pela madrugada, Jonathan pegou o celular da vítima e exigiu que ela passasse a senha do aparelho. A partir dali, passou a ver as mensagens dela nas redes sociais, tendo uma crise de ciúmes. Em depoimento a Polícia Civil, a vítima relatou que todas vezes que o celular bloqueava, ela era espancada e obrigada a passar a senha novamente. A jovem foi agredida várias vezes na cabeça, mãos e olhos numa s sessão de tortura que começou às 2h e se estendeu até às 6 horas. Os dois estavam sozinhos no local.
MANCHAS NO CÉREBRO
Após a sessão de tortura, a jovem ainda foi levada para o carro dela e com dificuldades conseguiu chegar em casa, onde chegou e dormiu. Na manhã seguinte, a mãe da jovem entrou no quarto e a encontrou ferida e com hematomas pelo corpo.
Perante a Polícia Civil, a mulher relatou detalhes das agressões sofridas pela filha e disse que o suspeito abordou a vítima dizendo que queria conversar. Já na casa dele, local as agressões, “ele ligou o som no volume máximo, arrancou o celular da vítima, machucando seu dedo para que ela desbloqueasse o celular, quando ele viu as mensagens, começou a agredi-la brutalmente, inclusive utilizando uma barra de ferro, conversava e batia, a vítima relata que ficava quieta, porque estava com medo de morrer", conta.
Conforme a mãe da vítima, uma "pequena mancha no cérebro" foi detectada nos exames de tomografia. Foi citado ainda que praticamente em todo corpo da vítima apresentava sinais de violência.
Davi
Sexta-Feira, 18 de Junho de 2021, 15h04Rui
Sexta-Feira, 18 de Junho de 2021, 14h30Olho vivo na cidade
Sexta-Feira, 18 de Junho de 2021, 13h15