TJ proíbe fisioterapeuta de "stalkear" atual de empresário em MT

 

A Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT) manteve as medidas cautelares contra uma fisioterapeuta de Barra do Garças (501 Km de Cuiabá) que vem perseguindo a atual companheira do ex-marido, um empresário do setor de transportes da região. Os magistrados da Quarta Câmara seguiram por unanimidade o voto do desembargador Hélio Nishiyama, relator de um habeas corpus ingressado pela fisioterapeuta, que pede o fim das restrições.

A sessão de julgamento na terça-feira (1º de julho). Nos autos, o desembargador Hélio Nishiyama lembrou que a restrição de distância em relação à atual companheira do ex-marido é de 300 metros, o que não impede a fisioterapeuta de mudanças drásticas em seu cotidiano. 

Nishiyama também questionou em seu voto os motivos da suposta perseguidora em querer derrubar as medidas protetivas contra sua "rival". Segundo informações do processo, a fisioterapeuta chegou até mesmo a “conversar” com professoras da filha da atual companheira do seu ex (uma pré-adolescente) para conhecer os “horários” da estudante.

Os autos ainda revelam perseguições de carro, monitoramento por meio de perfis falsos em redes sociais, além de ligações telefônicas, na prática conhecida como stalking. “A ré adentrou à escola e conversou com duas professoras com intuito de saber horários de entrada e permanência da filha da autora, causando importunação, transtornos e tormento pela perseguição contumaz e obsessiva. Que a ré tomou conhecimento do novo local de moradia da autora e desde então, trafega de carro em frente à casa, diariamente. Que a ré cria perfis falsos nas redes sociais para lhe injuriar e difamar, sendo que alguns dias atrás a ré descobriu o número de telefone e e-mail da autora e a persegue enviando mensagens”, revela o processo.

Os autos ainda revelam que vídeos e imagens foram juntadas aos autos, fortalecendo os indícios da perseguição. A fisioterapeuta se defende no processo dizendo que não vem conseguindo localizar o ex-marido empresário para fazer com que ele pague sua “pensão alimentícia”.