Cultura Quarta-Feira, 12 de Março de 2025, 05h:20 | Atualizado:

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CARNAVAL SEM FIM

Cidades ignoram calamidade e gastam milhões com festas em MT

Prefeito Osmar prioriza eventos em sua gestão

BARBARÁ SÁ
A Gazeta

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Osmar Froner - prefeito chapada

 

Municípios de Mato Grosso que decretaram situação de calamidade pública por causa das chuvas destinaram mais de R$ 1,7 milhão para festas de Carnaval neste ano. Enquanto enfrentam estradas destruídas, pontes levadas pela enxurrada e famílias isoladas, prefeituras direcionaram recursos para a contratação de shows e estruturas para a folia que começou na sexta-feira (28.02) e foi até terça-feira (04.03).

Chapada dos Guimarães, um dos destinos turísticos mais tradicionais do estado, registrou o maior gasto com o evento. A prefeitura investiu R$ 1,5 milhão para a realização do Carnaval, trazendo atrações como Jeito Moleque, Turma do Pagode e Thiago Brava. O decreto de emergência foi assinado no dia 15 de janeiro, citando a destruição de estradas, alagamentos e isolamento de comunidades rurais.

No documento, o Executivo relata que “as fortes chuvas estão causando a destruição de estradas, pontes e bueiros, provocando alagamentos e interditando estradas municipais em função de grande quantidade de lama e água, causando sérios transtornos no território do município de Chapada dos Guimarães, colocando a população em risco”.

Outra cidade que declarou calamidade pública e direcionou verbas para o Carnaval foi Nossa Senhora do Livramento. O município decretou emergência em 22 de janeiro, alegando danos causados pelas chuvas, como a destruição de pontes e estradas vicinais.

O decreto menciona que as chuvas “elevaram os níveis dos rios e córregos da zona rural drasticamente, atingindo diversas comunidades” e que “várias pontes e bueiros foram danificados pela força da enxurrada e acabaram sendo destruídos, tornando precária e interrompida a trafegabilidade nas estradas que cortam o município”. Ainda assim, a prefeitura contratou shows no valor de R$ 41 mil, incluindo apresentações de Trio Maravilha, Monge e Tia Hanna.

Em Barra do Garças, a prefeitura destinou R$ 65 mil para a apresentação da Studio Band no Carnaval da cidade. Novo Santo Antônio também investiu na festa, desembolsando R$ 30,5 mil para shows das bandas Pisada Quente e Willgner Oliveira Reis. Já São Félix do Araguaia contratou um show de Cristiano Siqueira e Adriano, com um custo de R$ 15 mil. 

Apesar do estado de emergência, as prefeituras usaram a modalidade de inexigibilidade de licitação para contratar os artistas e realizar os eventos. O mecanismo é previsto na Lei de Licitações e permite contratações diretas quando há inviabilidade de competição, como no caso de artistas com representantes exclusivos. Os decretos de emergência emitidos pelas prefeituras são utilizados para facilitar contratações sem a necessidade de licitação, permitindo o uso de recursos de forma ágil para enfrentar os prejuízos causados pelas chuvas. No entanto, enquanto obras de recuperação e assistência à população aguardam verbas, os gastos com o Carnaval foram priorizados.

 





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Comentários (4)

  • José Maria Cesar Liria Clemencia de Jes

    Quarta-Feira, 12 de Março de 2025, 09h14
  • Bem feito, cometeram a ingerência agora ficam na merda simples assim, chamam o pessoal que contrataram para resolver o problema da Cidade ,cambada de Políticos incompetentes....
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  • Pedro Cesar França

    Quarta-Feira, 12 de Março de 2025, 08h59
  • EU DUVIDO que o jornalista ou a jornalista que assinou está materia, passou o feriado de carnaval em casa!!!! De verdade deixe de ser tendencioso pelo amor de Deus , chega de hipocrisia, falsos moralistas, faça um jornalismo serio, já basta seu editor chefe que adora fazer noticias pagas, puxadinho da assembleia este site, o mundo inteiro sabe disto, paraaaaaaaaaa, parece gente tampada, se o orçamento do prefeito vem pra Cultura se ele não usa, não se pode fazer nada, pq cada secretaria tem seu orçamento, materia chula, informando errado os leitores. Com certeza estava la pulando igual uma louca desenfreada
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  • Fernando

    Quarta-Feira, 12 de Março de 2025, 07h45
  • Incoerência desse PROMOTER quero dizer prefeito, desde do dia que assumiu a 4 anos atrás, só se preocupou com festas e, os problemas que a cidade enfrenta foi sempre ignorado. Serão 8 anos de atraso.
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  • Maria Batalha

    Quarta-Feira, 12 de Março de 2025, 06h54
  • Fala sério! De uma vez por todas: o orçamento de segurança é direcionado para segurança. Orçamento para educação, é direcionado para a educação. Orçamento para a Defesa Civil é para a defesa civil. O orçamento para esporte e lazer pertence ao esporte e lazer. Parem de fazer de conta que um Prefeito, Governador ou Presidente ou qualquer um do Legislativo pode retirar a verba de uma pasta e passar para a outra, como a gente faz no orçamento doméstico. Isso seria ilegal! No máximo, em caso de calamidade, um Prefeito, Governador ou Presidente pode suspender uma festividade, um show, um evento ou prática esportiva devido a uma calamidade. Parem de espalhar isso!
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