Cultura Sexta-Feira, 08 de Maio de 2015, 09h:50 | Atualizado:

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Documentário conta a vida de Rondon

 

Da Redação

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“Rondon é o último bandeirante brasileiro. Cuiabá foi descoberto, em 1719, por bandeirantes paulistas. Quando Rondon retornou à sua terra natal, ainda, era pouco habitada. Ele a desbravou tal qual como os bandeirantes o fizeram. O sertanista abriu estradas, catequizou índios, foi um bandeirante, por isso digo que foi o último bandeirante”.

As palavras acima são do cineasta Joel W. Leão, que dirigiu o mais completo documentário da obra e vida do mito Cândido Mariano da Silva Rondon – mais conhecido com Marechal Rondon. De acordo com Leão, Rondon é um mito. Ele foi o primeiro brasileiro a ser indicado ao Prêmio Nobel da Paz.

“Rondon é uma referência mundial. Quem o indicou ao prêmio foi o cientista Albert Einstein. O mimoseano é o quinto homem mais importante do mundo. É o homem que mais percorreu terras tropicais do mundo. Foi uma pessoa determinada. Além disso, foi um militar ferrenho”, afirmou Joel Leão.

Há mais de dez anos, Leão dirigiu o Documentário “Rondon: o último dos bandeirantes”. Até então, segundo o cineasta, todos os filmes falavam apenas do mito, mas não contavam a história do sertanista mato-grossense. “É preciso contar a origem dele, o documentário tem começo, meio e fim, os outros contam apenas trecho da vida de Rondon”, argumenta Joel Leão.

Para Leão, Rondon era extremamente militar, e tinha pouca interferência na política. “Ele era um ferrenho positivista e amigo particular de Benjamim Constant, mentor do positivismo no Brasil. Rondon acreditava que o Estado laico tinha dever de patrocinar um contato pacifico com os índios defensores da terra”, destacou Joel Leão.

De acordo com Joel Leão, Rondon foi procurado diversas vezes para assumir o governo do estado de Mato Grosso. “Ele nunca quis assumir, por causa do positivismo. Rondon não se adaptava ao sistema político que vigorava no Brasil naquele momento. Ele era puramente militar”, disse o cineasta.

Mas na transição do Governo Imperial para a República, Rondon foi o homem que serviu de elo entre as potências militares (Marinha, Exército e Aeronáutica) para a Proclamação da República, em 1889.

"Na madrugada de 14 de novembro, Rondon fez contato com todos os comandos que assinaram a carta aderindo ao movimento da Proclamação da República. Ele era de confiança de Benjamin Constant”, destacou Leão.

Um dos legados culturais deixado por Rondon foi à confecção do Mapa Oficial de Mato Grosso. Hoje, de acordo com Joel Leão, quando a aviação precisa de uma realizar um voo visual tem como base os mapas de Rondon.

Um fato curioso, segundo Joel Leão, é que o nome do aeroporto de Várzea Grande, a princípio seria batizado com o nome da primeira-dama do Brasil, deveria chamar Teresa Goulart, período em que João Goulart presidiu o país.

“O casal tinha uma fazenda no Pantanal, mas em 1964 foi banido do Governo, pelo golpe militar. Hoje o aeroporto recebe o nome de Marechal Rondon”. 

 





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