Cultura Terça-Feira, 17 de Junho de 2025, 23h:05 | Atualizado:

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POLUIÇÃO SONORA

Nova Lei do Silêncio prevê multa de até R$ 50 mil em Cuiabá; veja regras

Capital implanta faixa do silêncio com até 60 decibeis

Da Redação

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A Câmara Municipal de Cuiabá realizou, nesta terça-feira (17), uma audiência pública para discutir o Projeto de Lei nº 374/2025, de autoria do Executivo, que estabelece novas regras para o controle da poluição sonora na capital. A proposta será votada já nesta quarta-feira (18), durante sessão extraordinária.

Encaminhado pelo prefeito Abilio Brunini, o projeto revoga a antiga Lei nº 3.819/1999 e cria um marco legal mais moderno, técnico e adaptado à realidade urbana atual. O texto define horários, limites de decibéis, tipos de eventos e penalidades com mais precisão, buscando proteger o sossego, a saúde pública e a convivência harmônica entre moradores, comércios e promotores de eventos.

A nova proposta estabelece três faixas de horário:

Período diurno: das 8h às 22h;

Período noturno: das 22h01 às 23h59;

Faixa de silêncio: da 0h às 7h59, quando não será permitido qualquer som mecanizado ou eletrônico.

Os limites de emissão de ruídos variam conforme o tipo de atividade. Por exemplo:

Atividades não licenciadas (festas caseiras, churrascos, som automotivo): 60 decibéis durante o dia, 55 decibéis à noite e proibição total durante a faixa de silêncio.

Comércios com funcionamento contínuo (bares, boates, restaurantes): 75 decibéis de dia, 70 à noite e 60 na faixa de silêncio.

Eventos ocasionais em locais abertos: até 85 decibéis durante o dia, com encerramento até 23h59.

Eventos especiais e culturais com licença prévia: até 90 decibéis, sem limitação de horário, desde que os picos não sejam contínuos.

O texto também endurece as penalidades para quem desrespeitar os limites. As multas variam de R$ 300 a R$ 50 mil, além da possibilidade de apreensão de equipamentos, interdição de atividades e cassação de alvarás, a depender da gravidade e da reincidência.

“Precisamos garantir o direito ao lazer, mas também preservar o direito ao descanso. Cuiabá cresceu e, com isso, aumentaram os conflitos causados pelo barulho. Esse projeto atualiza a legislação e garante segurança jurídica para moradores, comerciantes e promotores de eventos”, afirmou o prefeito Abilio Brunini.

A secretária municipal de Ordem Pública, Juliana Palhares, reforçou o apoio da gestão ao projeto e destacou que a cidade vive um momento de crescente demanda por soluções contra o excesso de ruído. “Só em janeiro deste ano, recebemos mais de 150 denúncias de poluição sonora. Esse projeto é uma resposta à sociedade. Ele traz critérios técnicos, prevê fiscalização mais efetiva e respeita os eventos culturais e tradicionais da cidade”, pontuou.

A votação do projeto está prevista para ocorrer durante a sessão extraordinária da Câmara, nesta quarta-feira (18). Se aprovado, o texto seguirá para sanção do prefeito e posterior regulamentação. Participaram da audiência os vereadores Tenente-Coronel Dias, Ilde Taques, Rafael Ranalli, Paula Calil, Daniel Monteiro, Dra. Mara, Michelly Alencar, Maria Avalone, Baixinha Giraldelli, Demilson Nogueira e o prefeito Abilio Brunini. Além deles, vários empresários do ramo de bares, restaurantes e eventos estiveram presentes, assim como os secretários Juliana Palhares (Ordem Pública), Fernando Medeiros (Turismo) e Johnny Everson (Cultura).





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Comentários (9)

  • sidney

    Quinta-Feira, 19 de Junho de 2025, 07h04
  • Isso que eu chamo de completo despreparo não somente daqueles que hoje estão no controle do executivo como tambem dos pobres culturais dos nossos vereadores. Como dizem:"Dando tudo errado como era esperado". Lamentável esse retrocesso.
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  • Jonas Bom Despacho.

    Quarta-Feira, 18 de Junho de 2025, 19h05
  • Mas uma lei que nao vai pegar. Infelizmente Nosso povo e indisciplinado e fica por isso mesmo. Voces se lembram da lei dos fogos de artificios pegou...?! Essa nova lei tambem ja nasceu morta. Infelizmente. Seriam otimas se pegassem. Nao torco contra. E apenas uma realidade.
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  • Carlos

    Quarta-Feira, 18 de Junho de 2025, 09h29
  • Deixaram de fora do debate vários segmentos da sociedade. Não chamaram para a discussão as vítimas da poluição sonora e da perturbação do sossego. Não chamaram a área de saúde pública, universidades, conselhos de saúde auditiva, saúde psiquica, etc. Só deram vazão aos interesses dos donos de bares. Esta lei não deve ser aprovada dessa forma. Quase às escondidas da sociedade em geral e a toque de caixa.
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  • Cícero

    Quarta-Feira, 18 de Junho de 2025, 09h24
  • Davi e Cuiabá, vocês não entenderam a situação. O projeto de lei que pretende substituir a leia atual permite fazer mais barulho. A Lei do Silêncio de Cuiabá atual está muito mais condizente com os níveis ruídos estabelecidos pelo CONAMA e por normas técnicas da ABNT do que o projeto de lei que estão querendo passar. Vocês não entenderam. Estão escondendo isso por palavras bonitas e permitindo que o mundo se acabe com baderna. Aumentaram demais o barulho permitido nesse projeto. Os donos de bares vão poder rasgar o volume do som e explodirem a vida das pessoas que moram perto. Se alguém reclamar, eles vão falar que a nova lei permite aquele barulho todo. Estão legalizando o inferno na vida das pessoas pelo barulho acima do normal.
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  • Paulo

    Quarta-Feira, 18 de Junho de 2025, 09h18
  • Assisti à audiência pública pelo youtube. Debate pobre, direcionado, premeditado, encabrestado por parte dos vereadores e vereadoras. Pobreza de mentalidade ambiental. Pobreza de conhecimento sobre o assunto debatido. Vereadora confundindo ampér com decibel. Vereador presidente da audiência dando espetáculo de arrogância. Desconsiderarem totalmente o Artigo 225 da CF, para começar. Passaram à distância da Resolução CONAMA 01/1990 e da NBR 10151:2019. Desconsideraram décadas de estudos, conhecimento estruturado sobre o barulho e seus reflexos na saúde e bem-estar das pessoas. Tudo isso para atender um segmento empresarial, ainda que atropele a legalidade do assunto. Não se preocuparam com as centenas, milhares de pessoas que sofrem doenças físicas e psicoemocional provocada pelo barulho acima do que estabelecido naquela resolução e norma técnica. Vocês são pobres demais vereadores! Vergonha ... Doutora Maria Fernanda do MPE, a Senhora foi muito feliz nas argumentações, mas vencida no debate pelos obtusos vereadores. Não desista, por favor. Nós que sofremos com o barulho de bares e similares temos na senhora a nossa esperança que vença o circo armado por meio de uma ADIN. Não deixe de ingressar com uma ADIN, por favor. Sendo aprovada esse famigerado projeto de lei, o povo sofrerá muito com excesso de barulho. Casos de violência irão aumentar decorrente de brigas por "som alto"...
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  • Cuiabano

    Quarta-Feira, 18 de Junho de 2025, 08h38
  • Vamos ver se eles vão interditar shows na expoagro depôs das 23 HS ou se essa lei do vai servir para os pequenos
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  • Cuiaba

    Quarta-Feira, 18 de Junho de 2025, 07h21
  • Parabéns pras autoridades.....tem que acabar com essa balbúrdia mesmo....!! Por fim nessa cambada de arruaceiros!! O cidadão ordeiro,de bem....que precisa trabalhar, não aguentava mais essa bagunça!!
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  • davi

    Quarta-Feira, 18 de Junho de 2025, 05h58
  • Acho fantástico isso, ninguem é obrigado a ouvir o lixo cultural do outro... odeio som alto... quer fazer seu barulho va pra chapada, pra trevisam agora dentro da cidade??
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  • Gdt

    Quarta-Feira, 18 de Junho de 2025, 04h59
  • Não deve permitir em nem um horário , a partir de certa hora, isso e inaceitável
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