No dia 29 de junho de 2013, Ricardo Barbosa fez seu show de estreia durante a tradicional Feijoada de Inverno, na Chapada dos Guimarães. Depois daquela apresentação, o cantor passou por uma repaginada geral.
Deixou o Mato Grosso e se mudou para São Paulo, mudou o visual, começou a ter consultorias com a fonoaudióloga Janaína Pimenta – a mesma de Ivete Sangalo e de outros famosos –, firmou parceria com Dudu Borges, contratou a Hit Music para a produção de seu show e a assessora Arleyde Caldi para consultoria.
Agora, depois de dez meses, fez sua reestreia nos palcos. Desta vez, em Vitória da Conquista. Neste sábado (03), o cantor fez a abertura do show do Raça Negra e do Só pra Contrariar. Ali, enfrentou não só o desafio de se apresentar para um público que não o conhece como cantar para uma plateia que estava à espera de duas feras do samba e do pagode. “Gostei do desafio. Eu trouxe minha música. Gostei dessa ideia de ter um público diferente, de ver o público cantando. Acho que gostaram do meu trabalho”, afirmou Ricardo que, durante uma hora de show, apresentou 16 músicas.
Duas delas, autorais (“Dama de Ferro” e “Nem que eu perca tudo”) e, as outras, baseadas no repertório de Henrique e Juliano, Jorge e Mateus e Luan Santana. Estes dois últimos, tidos pelo cantor como suas referências musicais. “São referências pela modernidade. Acredito muito numa mudança musical no Brasil. Isso vem ocorrendo há muito tempo. Quero ter essa inovação, quero ter a minha cara, quero estar dentro desse universo de hoje”, explicou Ricardo, que nas faixas autorais apresentadas mostrou um toque de pop-rock. “As pessoas me perguntam se minha música é sertanejo universitário. É, mas tem minha cara. Acredito no contemporâneo, na modernidade”.
Entre os dois dois shows, Ricardo considera que cresceu bastante e faz uma análise desta trajetória. “Evoluí muito. Tem gente que me pergunta por que fiz isso? Mas eu precisava daquilo. Até para ver como eu estava, como eu cantava, para ter noção de que eu precisava de um profissional de canto mais qualificado, de uma produção legal, precisava colocar minha cara. Precisava desse conhecimento interior para melhorar artisticamente. Hoje em dia, estou muito feliz com quem sou. Meus valores são outros e eu gosto demais do caminho que minha vida vem tomando”, afirmou Ricardo, que comemora a equipe que formou ao longo desse período.
E, para ter tantos profissionais renomados ao seu redor, o cantor precisou fazer um investimento. Questionado sobre valores, Ricardo diz não ter ideia e garante não querer saber. “Sempre fiz questão de não tocar em números. Não queria ter essa carga, esse medo de ‘vai dar errado e joguei fora o investimento’. Então sempre pedi para os empresários e investidores para não saber nem o valor da água que eu tomo. Justamente para eu poder fazer o trabalho da maneira mais profissional e saudável possível”, afirmou o cantor, que ainda concluiu: “É igual no pocker, quando você deixa de investir, as vezes você deixa de ganhar muito. Na vida também é assim”.
PRÓXIMOS PASSOS
Com a estreia feita, Ricardo se prepara para os próximos passos. Para início, está com dois shows agendados em São Paulo. O primeiro, no dia 7 de junho em uma cervejaria da capital paulista. O segundo, no dia 25 do mesmo mês, no Villa Mix.
Aos poucos, também prepara seu CD autoral, previsto para ser lançado em novembro. Enquanto isso, vai enfrentando as dificuldades de todo novo artista. E analisa: “A maior dificuldade é consigo mesmo. É lapidar o canto, a interação com o público, o gingado, a dança. Sei que estou muito longe do que quero chegar. Não sonho com sucesso, fama, mas com uma realização para mim. E estou longe do que quero ser, estou longe do canto que quero cantar, da dança que quero dançar, da produção que quero produzir. Busco essa realização e espero que gostem de mim, o sucesso e o reconhecimento virão através disso. Não posso buscar dinheiro e sucesso, senão vou me dar mal”.
Ricardo se diz realizado com sua primeira meta, que era essa apresentação inicial. E, agora, planeja seus próximos passos, sem sonhar alto. “Não posso traçar uma meta tão grande. Estou fazendo o passo a passo e hoje foi um grande passo para mim. Não tem como eu te dizer que eu quero ser um Jorge e Mateus. Quero? Óbvio. Todo mundo que, mas não tem como. Estou realizado hoje. Na meta de amanhã, estarei realizado de novo”.
Rafael
Terça-Feira, 06 de Maio de 2014, 14h56XOMANO
Terça-Feira, 06 de Maio de 2014, 13h23