Economia Sábado, 10 de Fevereiro de 2024, 12h:25 | Atualizado:

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GOLPE DA CONTA

Associação detona explosão de RJs dos "barões do agro" de MT

Tradings alegam que benefício está sendo dado sem critérios

ANA MANO
Folha S. Paulo

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SOJA-FAZENDA

 

A Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais) alertou nesta quinta-feira (8) que vê com preocupação o aumento dos pedidos de recuperação judicial de agricultores no país, acrescentando que o recente aumento de casos pode comprometer a execução de contratos de grãos. O aumento dos casos de recuperação judicial de produtores do Brasil, que pode afetar a entrega de grãos comprometidos ao longo da temporada, também pode prejudicar a capacidade dos comerciantes de concluir seus programas de exportação, disse a Anec.

Os grupos de agricultores, incluindo a Aprosoja-MT (Mato Grosso) e a Aprosoja Brasil, não fizeram comentários imediatos. "A Anec vê com muita preocupação o crescimento do número de pedidos de recuperação judicial especialmente a partir das informações que lhes têm chegado ao seu conhecimento, de que aos produtores vêm sendo ofertado —de forma indiscriminada e muitas vezes mal-intencionada — o procedimento [...] como meio de renegociação de dívidas e contratos", disse a associação, em referência aos acordos envolvendo soja e milho.

A Anec representa os comerciantes globais de grãos, incluindo a ADM, a Bunge, a Cargill, a Louis Dreyfus Commodities e a chinesa Cofco, entre outros. Em relatório, a Anec disse reconhecer que o "instituto da recuperação judicial tem sua finalidade e pode ser um instrumento valioso para garantir a continuidade das atividades de produtores em determinadas situações".

Mas alertou que "a crescente procura por esse procedimento, muitas vezes escolhido sem o devido critério pelo produtor, levado a ele por desinformação ou má-fé, tem um custo para toda a cadeia econômica e para a imagem do país no exterior". A Anec disse ainda que consequência direta para os produtores é a "forte queda da oferta de crédito associada ao aumento do seu custo quando concedido".

O Brasil é o maior produtor e exportador de soja do mundo e um importante fornecedor de milho para clientes na Ásia, Europa e Oriente Médio. Na atual temporada, entretanto, a produção brasileira de grãos ficará abaixo das expectativas devido ao efeito negativo do padrão climático El Niño sobre as plantações.

O El Niño causou uma seca severa no Centro-Oeste do Brasil, reduzindo os rendimentos da soja e o potencial de produção do maior estado agrícola do país, o Mato Grosso. O excesso de chuvas no Sul também prejudicou as perspectivas do milho de verão em Estados como o Rio Grande do Sul, além das safras de trigo.

De modo geral, a produção total de grãos do Brasil cairá para cerca de 299,7 milhões de toneladas métricas nesta temporada, de 319,8 milhões de toneladas na anterior, de acordo com a Conab.A produção de soja, inicialmente prevista em 162 milhões de toneladas em 2023/24, será de 149,4 milhões de toneladas, informou a Conab.

Em um novo relatório divulgado nesta quinta-feira (8), a Conab disse que a produção total de milho do Brasil cairá quase 14%, para 113,7 milhões de toneladas projetadas no ciclo atual.





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Comentários (12)

  • Fábio

    Domingo, 11 de Fevereiro de 2024, 09h45
  • Essa tal RJ já está cheirando corrupção. Agro é judiciário e judiciário é Agro.
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  • Reginaldo

    Domingo, 11 de Fevereiro de 2024, 08h01
  • Pelos comentários, fica flagrante a ignorância sobre segurança jurídica e setor produtivo! Esperará o que de quem acredita em ladrão e o elege para presidente. Desde quando começamos a acreditar em bandido??
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  • Paulo

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2024, 20h48
  • Uns dando calote usando da lei e outros frustrados por não poderem tomar as terras. Tudo chorume do mesmo lixo.
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  • Sérgio

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2024, 17h53
  • A tão sonhada segurança jurídica é condição imperativa para o progressivo desenvolvimento econômico de uma nação. Eventual desequilíbrio entre o setor produtivo e seus fornecedores/compradores colocará em risco toda cadeia do agronegócio com reflexos significativos na macroeconomia. Nunca é demais lembrar que a quase totalidade das Trading e das químicas são multinacionais com negócios em todo planeta.
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  • José Oliveira

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2024, 16h46
  • Esse pessoal do agro nao da pra aliviar nao...estao ha muitos anos só enchendo os bolsos e nao se preparam para uma safra que nao tenha o mesmo rendimento como as outras, e caem de pau no governo pedido socorro, o comercio e as indústrias nao tem esse tipo de incentivo que tem o agro, outra coisa eles sempre exageram nas perdas pra chantagear o governo se perdem 10 fal que perderam trinta ...se esta ruim vendam as mansões e as caminhonetes pra garantir a proxima Safra
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  • Dito

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2024, 15h32
  • Então essa associada está acusando o judiciário de MT de um forte esquema de corrupção? Foi o que entendi.
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  • Carlos

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2024, 15h05
  • Que coincidência , foram só iniciarem as operações da PF contra o crime organizado em Mato Grosso , que o "Agronegócio Pop " ameaça quebrar ...
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  • frete

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2024, 14h59
  • fazem arminha agora, quando o bozo era presidente tinha tudo, vão trabalhar meanés do agro...
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  • Sebastião

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2024, 13h44
  • FODA-SE!!!!!!
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  • José Antonio

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2024, 13h40
  • Trampo bilionário !!
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  • Próprio

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2024, 13h25
  • RJ é coisa do capeta.
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  • Pedra 90

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2024, 13h19
  • Não tem barão nessa história ! Tem aqueles Agro exibido, metido a besta e fã do BOLSONARO!
    30
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