A juíza da 1ª Vara Cível de Falências e Recuperação Judicial da Capital, Anglizey Solivan de Oliveira, encerrou o processo de recuperação judicial da E. Faleiros Barbosa EPP – razão social da autopeças Tapefrisos, em Cuiabá. A organização conseguiu pagar a maioria dos seus credores, sobrando apenas um, e tinha dívidas da ordem de R$ 1 milhão.
A decisão da juíza foi proferida em outubro de 2020, mas publicada apenas no último dia 15 de abril.
A magistrada informou que a administradora judicial da recuperação – uma espécie de “auxiliar” da Justiça em processos desta natureza, composta por advogados e profissionais da contabilidade e administração -, informou que recebeu integralmente o valor pelo seu serviço, e que de todos os credores, restou apenas o Banco do Brasil. A organização que estava em crise tinha uma dívida com a instituição financeira de R$ 264,5 mil.
O despacho da juíza informando o encerramento da recuperação judicial revela que o Banco do Brasil já vem sendo pago da dívida.
A Tapefrisos teve o processamento da recuperação judicial autorizado pelo Poder Judiciário no ano de 2016. A organização atua no comércio varejista de peças e acessórios de veículos automotores (frisos, borrachas, faróis e lanternas). Seus representantes afirmaram nos autos que a empresa sempre trabalhou com peças “originais”, o que demandou um “alto investimento” – e consequente endividamento com bancos.
Ao pedir a recuperação judicial, a organização reclamou também de concorrência desleal em razão de incentivos fiscais do Poder Público concedidos a outras organizações.
“A empresa passou a ter concorrência desleal, vez que essas empresas oferecem serviços a preços mais baixos, aliado ao fato de que com a instituição do imposto antecipado (substituição tributária) pelo Estado, o produto comercializado passou a custar mais caro para a empresa, pois se o produto não é vendido, o prejuízo é certo”, alegou a empresa.
A Tapefrisos esta localizada no bairro do Porto, em Cuiabá.