Joao Freitas
Consumidores deixam compras de Dia dos Namorados - comemorado nesta quinta-feira (12) -para a última hora e causam alvoroço nas floriculturas da região metropolitana de Cuiabá. De acordo com comerciantes do setor, a demanda sazonal provocou uma inflação de até 60% no preço de buquê de rosas e outras variedades. Além das flores, os estabelecimentos aproveitam a última grande data comercial do primeiro semestre para aumentar receitas com o comércio de animais de pelúcia, cosméticos, doces e cartões.
Para a vendedora Kelen Bittencourt, da floricultura Divina Flor do Cerrado, o ritmo de vendas, que já foi intenso nos dois últimos dias, deve aumentar ainda mais no dia de hoje. Ela conta que a loja adotou turnos estendidos de atendimento e novas escalas para dar conta do fluxo de casais em busca de presentes. Para se ter uma ideia, a loja vai operar, excepcionalmente, até 22h hoje.
“Por se tratar de uma data com ótima adesão, passamos a operar com horários mais acessíveis - tanto na abertura quanto no fechamento -e a nossa expectativa é dobrar as vendas em relação a um dia normal. Além dos buquês, as cestas de café da manhã estão com muitas saídas, por permitir ao cliente um toque maior de personalização”.
Um dos que deixaram a escolha do presente para a última hora foi o engenheiro Ricardo Nascimento. Na visão dele, a combinação entre um belo buquê, uma carta feita a mão e chocolates é a receita do sucesso para agradar a companheira Érica.
“Apesar do forte apelo comercial, este tipo de data é importante para nos lembrar do quão especial é ter uma companheira”. A clientela aquecida, entretanto, não significa promessa de lucros exponenciais. A empresária Tatiane Lemes, proprietária da floricultura Amor e Flor, destaca que o aumento na busca faz com que fornecedores elevem os preços de ramalhetes de forma expressiva.
“O crescimento nas vendas, por vezes, não se reflete da forma esperada nos números porque a majoração praticada pelos fornecedores só pode ser repassada de forma parcial para os consumidores na ponta, para não afugentá-los. Dessa forma, grande parte dos empresários precisa absorver esse variação”, diz Tatiane.