Economia Segunda-Feira, 04 de Agosto de 2025, 12h:14 | Atualizado:

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HORA DA VERDADE

CNJ barra manobra e decide futuro de juiz de MT nesta terça

Magistrado é suspeito de ser sócio de empresas

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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O conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), João Paulo Schoucair, manteve para esta terça-feira (5) o julgamento de quatro processos administrativos disciplinares contra o juiz federal Raphael Casella de Almeida Carvalho. Ele é suspeito de atuar como empresário - o que é proibido na carreira da magistratura -, e seria até mesmo dono de um cassino.

Os pedidos de adiamento foram realizados em quatro procedimentos administrativos disciplinares, todos eles respondidos pelo juiz federal. Raphael Casella alega que seu advogado terá outras duas audiências também nesta terça-feira, solicitando o adiamento do julgamento. “Antes do referido julgamento, a defesa apresentou nova manifestação nos autos, no qual solicita o adiamento da sessão de julgamento para data futura. Em síntese, argumenta que o [advogado], que realiza a defesa do requerido, possui outras duas audiências marcadas para o mesmo dia junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), em processos de clientes diversos”, alega o magistrado.

O conselheiro João Schoucair não acatou os argumentos, revelando que o julgamento foi agendado no mês de junho de 2025 e que as audiências dos advogados no Poder Judiciário de Mato Grosso, que conflitam com o julgamento no CNJ, foram determinadas mais de um mês depois. “Observa-se que o presente procedimento teve seu pedido de pauta deferido em 26/6/2025, para apreciação na sessão de julgamento do dia 5/8/2025. Por outro lado, os processos também patrocinados pelo [advogado] junto ao TJMT tiveram suas audiências designadas em data posterior, em 29/7/2025, conforme registros das assinaturas eletrônicas”, explicou o conselheiro.

Casella será julgado pelo Plenário do CNJ nesta terça em sessão que terá início às 10h (horário de Brasília). Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o juiz federal é suspeito de 8 infrações que configuram, supostamente, 5 crimes. Raphael Casella seria sócio de várias empresas, de setores econômicos “exóticos”, que incluem até mesmo um cassino.

As investigações revelaram que o magistrado teria colocado um “laranja” como dono de um hotel chamado “Monte Carlo” - mesmo nome de um principado de Mônaco, na Europa, conhecido justamente pelos seus cassinos. O proprietário do estabelecimento, segundo o MPF, era na verdade um homem registrado como limpador de vidros de uma empresa.

Ainda de acordo com as investigações, Casella era sócio de empresas de segurança eletrônica e mineração. A magistratura brasileira proíbe juízes e desembargadores, tanto estaduais quanto federais, de exercerem atividades de controle e gerência de empresas.





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