A juíza da 1ª Vara de Falências, Recuperação Judicial e Cartas Precatórias de Cuiabá, Anglizey Solival de Oliveira, acatou o pedido de recuperação judicial da Tauro Motors Veículos Importados, uma concessionária de Cuiabá especializada em veículos de marca japonesa Mitsubishi. O valor da dívida é de R$ 12 milhões.
Agora, a organização empresarial possui 60 dias para elaborar um plano de recuperação que precisa ser aprovado pelos credores em até 150 dias. Se for recusado, ela poderá entrar em falência, utilizando seus bens para pagar seus compromissos. A decisão é do dia 13 de julho de 2017. No processo, a Tauro Motors Veículos conta um pouco da sua história.
Segundo os autos, o empreendimento começou em 1994 como uma concessionária da linha automotiva japonesa Mitsubishi. Quinze anos depois, em 2009, a empresa afirma que adquiriu um imóvel num leilão judicial para “ampliar e modernizar sua estrutura”.
Para bancar o investimento, a organização afirma que teve de fazer diversos empréstimos com bancos em operações cada vez mais “elevadas”. Já em 2013, a Tauro Motors descreve que “absorveu” o espólio de uma concessão da também japonesa Suzuki acreditando ser um bom negócio.
Porém, posteriormente, constatou que a transação era inviável alegando um suposto aumento da alíquota de importação para 30% feito pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Na época, de acordo com a empresa, 90% dos veículos Suzuki eram importados, o que acabou elevando os custos da operação.
Para justificar seu pedido, a Tauro Motors afirma também que, após a reeleição de Dilma Rousseff, as vendas caíram 25% nos anos de 2015 e 2016 e que o “escândalo de fraude nos testes de consumo de combustível” – em abril de 2016 a Mitsubishi admitiu que manipulou testes de consumo de combustível em veículos vendidos no Japão, com taxas de eficiências que eram até 10% mais baixas do que os valores reais -, contribuíram para a derrocada no grupo. Na decisão, o magistrado alega que a empresa atende todos os requisitos para ser beneficiada com a recuperação judicial. “Por tais razões, acolho a pretensão contida na petição inicial para o fim de deferir o processamento da presente recuperação judicial, ajuizada por Tauro Motors Veículos Importados Ltda”, explica.
Diante do deferimento do processo de recuperação, a juiíza ainda concedeu alguns benefícios a empresa como por exemplo a suspensão do pagamento de dívidas. “Declaro suspensas pelo prazo máximo de 180 dias úteis as ações e execuções promovidas contra as empresas requerentes, por créditos sujeitos aos efeitos da presente recuperação judicial, permanecendo os respectivos autos”, descreve.
A Justiça também nomeou a advogada Aline Barini Néspoli como administradora judicial - que possui a função de verificar os créditos dos credores, requerer a assembleia geral destes, apresentar relatórios mensais das atividades das empresas, além de outras responsabilidades. Ela deverá receber R$ 260 mil pelo serviço, o equivalente a 3% da dívida, recebendo 60% desse valor dividido em 36 parcelas mensais e os 40% restantes após o encerramento da recuperação judicial.
A Justiça também determinou que um ofício seja enviado à Junta Comercial do Estado de Mato Grosso para que conste nos registros que a Tauro Motors seja denominada como empresa “em recuperação judicial”. Durante os próximos 180 dias, a empresa não poderá sofrer execuções judiciais que são cobranças de dívidas questionadas na Justiça.
doutora angelica
Segunda-Feira, 24 de Julho de 2017, 00h44antonio gastilho
Domingo, 23 de Julho de 2017, 02h06antonio gastilho
Domingo, 23 de Julho de 2017, 02h03capitao borges
Domingo, 23 de Julho de 2017, 01h43capitao borges
Domingo, 23 de Julho de 2017, 01h34capitao borges
Domingo, 23 de Julho de 2017, 01h32Andre
Terça-Feira, 18 de Julho de 2017, 18h49sida
Terça-Feira, 18 de Julho de 2017, 17h11jacinto
Terça-Feira, 18 de Julho de 2017, 10h32Renato PM
Terça-Feira, 18 de Julho de 2017, 09h51Eduvirge Ojeda
Terça-Feira, 18 de Julho de 2017, 09h42Tora.
Terça-Feira, 18 de Julho de 2017, 08h49Regis Santana
Terça-Feira, 18 de Julho de 2017, 08h09