Economia Terça-Feira, 22 de Julho de 2025, 22h:39 | Atualizado:

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APITO FINAL

Cooperativa "recupera" Corolla apreendido pela PC em Cuiabá

Veiculo foi dado em garantia por suspeito de pertencer ao CV

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Alethea Assunção Santos, determinou a restituição de um Toyota Corolla Apremiumh (2020/2021) à Cooperativa de Crédito do Centro Norte de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (Sicoob). O veículo possui um registro de alienação fiduciária (tipo de hipoteca) de um empréstimo de R$ 116 mil tomado por um suspeito de fazer parte da facção “Comando Vermelho”.

Segundo informações do processo, Mario Henrique Tavito da Silva - alvo da operação “Apito Final” e suspeito de ser um faccionado da organização criminosa -, tomou um empréstimo de R$ 116 mil em agosto de 2023 com o Sicoob colocando o Corolla como garantia no negócio (alienação fiduciária). O veículo foi apreendido pelas forças de segurança durante a deflagração da operação “Apito Final”, no início de 2024, o que fez com que a cooperativa ficasse impossibilitada de dispor do bem, como realizar sua venda por exemplo.

Em decisão do último dia 18 de julho, a juíza da 7ª Vara Criminal admitiu que a constrição do veículo, por meio do registro de alienação fiduciária, é anterior à operação “Apito Final”. “A restrição judicial que recaiu sobre o veículo foi determinada em processo criminal, que não tem relação com a dívida garantida pela alienação fiduciária. Portanto, a manutenção da restrição judicial inviabiliza o direito do embargante de consolidar a propriedade do bem e vendê-lo para satisfazer o seu crédito, causando-lhe grave prejuízo. Assim, a procedência dos embargos de terceiro é medida que se impõe, para afastar a restrição judicial que recaiu sobre o veículo e garantir o direito do embargante de exercer a sua condição de credor fiduciário.”, determinou a juíza.

O processo é derivado da operação “Apito Final”. Segundo as investigações, Paulo Witer, o “WT” - apontado como “Tesoureiro Geral” do Comando Vermelho em Mato Grosso, e homem de confiança de “Sandro Louco” -, usava o time de futebol amador "Amigos do WT" como forma de lavar dinheiro do crime organizado. Ele foi preso em Maceió (AL) com o jogador Alex Junior Santos Alencar, onde acompanhava um campeonato, no início de 2024.

A operação cumpriu 25 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão, além da indisponibilidade de 33 imóveis, sequestro de 45 veículos e bloqueio de 25 contas bancárias ligadas a um esquema de R$ 65 milhões. A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil (PJC), revela que Paulo Witer “usava” diversas pessoas - incluindo amigos, familiares e advogados atuando como “laranjas”' -, para adquirir imóveis, comprar e vender veículos, e também atuar na locação de carros.

Conforme as investigações, mesmo sem ter renda lícita, os investigados compraram duas BMW X5, um Volvo CX 60, uma Toyota Hilux, duas VW Amarok, um Jeep Commander, um Mitsubishi Eclipse e um Pajero, além de diversos Toyota Corolla.





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