Cotistas investidores do Malai Manso Resort, em Chapada dos Guimarães, criticam a falta de cumprimento de cláusulas contratuais por parte do empreendimento, assim como com a administração dos proprietários do resort.
Os cotistas pediram para não ter o nome revelado.
Eles alegam que não possuem informações claras quanto à disponibilidade de uso das acomodações, e não fazem parte da administração dos custos, dos investimentos e não contam com prestação detalhada de contas, mesmo sendo condôminos.
Sem poderes para influenciar os rumos do dinheiro, cotistas dizem que tem sobrado apenas o rateio das despesas. "Os administradores não revelam as estratégias adotadas e nem debatem planos de gastos e investimentos. Apenas apresentam as taxas condominiais que nos últimos dois anos cresceram muito além dos índices utilizados pelo setor”, disse um cotista, que preferiu não se identificar.
Ao todo são 350 investidores. Uma parte deles demonstra diz que a administração tem sido feita “totalmente às escuras”.
As razões alegadas pelos cotistas se baseiam no elevado custo de manutenção do empreendimento e nenhum retorno gerado pelo investimento por dificuldades na locação e no uso dos direitos sobre os imóveis, que tem resultado na dificuldade em encontrar terceiros que estejam dispostos a comprar as cotas em uso.
Uma das queixas é que para poder usufruir as quatro semanas das quais cada cotista tem direito por ano, este precisa manifestar sua programação logo no início do ano, por meio de e-mail, indicando as datas que pretende usar o imóvel.
A resposta do empreendimento – afirmando a possibilidade ou não de uso – também ocorre via e-mail e quando é recusado não há nenhum esclarecimento das motivações para isso. E caso o cotista não tenha mais interesse em utilizar o local, não há, segundo os cotistas, flexibilidade de data para uma nova estadia.
Outra questão envolvendo a escolha das semanas é a ausência de demonstração sobre os eventos programados para o ano. “Nunca ficamos sabendo quando, por exemplo, haverá um show nacional para podermos optar por aquela semana, e há colegas que sabem que a semana fica reservada, ou seja, o Malai tem a programação e fecha a semana para que apenas ele alugue as unidades para seus hóspedes, nos impedindo de alugar e de usar em uma época de maior retorno financeiro”, disse um dos cotistas.
O problema ocorre porque, segundo apontam os investidores, o Malai deixou de implantar um balcão de negócios, prometido na venda das cotas e assinado em contrato, que iria promover a locação dos imóveis, e com isso, gerar lucro aos cotistas. Para os investidores que menos usam as suas unidades, isso seria uma vantagem porque poderiam locar a parte que lhe é de direito dentro das quatro semanas anuais, mas esse balcão nunca foi criado.
Intercâmbio
Outra cláusula que não teria sido cumprida é o intercâmbio/troca de semanas com outros hotéis e resorts localizados no Brasil e no exterior, por meio do sistema Resorts Condominium International (RCI).
Essa possibilidade foi explorada como chamariz pelo empreendimento à época que passou a vender as cotas do sistema de multipropriedade com direito de uso em tempo compartilhado.
Pobre metido a rico
Terça-Feira, 16 de Fevereiro de 2021, 18h09Kiko rosa
Terça-Feira, 16 de Fevereiro de 2021, 15h30Dick Vigarista
Terça-Feira, 16 de Fevereiro de 2021, 14h16