Em nota, servidores detonam empresário beneficiado com incentivos fiscais na Era Silval

 

Servidores públicos emitiram na manhã de hoje uma Nota de Repúdio contra presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL-MT), Paulo Gasparotto. Em audiência ontem na Assembleia Legislativa para debater a reforma tributária, o empresário atribuiu a crise econômica do Estado ao funcionalismo público. Ele também se posicionou contrário ao projeto que iguala a alíquota do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) para o setor do comércio.

Dono da empresa Decorliz, uma das maiores beneficiadas com incentivos fiscais nas gestões dos ex-governadores Blairo Maggi (PP) e Silval Barbosa (PMDB), Gasparoto chegou a ter seu nome citado durante as investigações da "Operação Sodoma" pela venda de um terreno milionário ao ex-secretário de Administração, César Zílio. A área foi comprada por Zílio por R$ 13 milhões com dinheiro arrecadado através de propinas.

A presidente do Sindicon (Sindicato dos Conciliadores de Defesa do Consumidor do Estado de Mato Grosso), Cristiane Vaz, avaliou que Gasparotto estaria indignado por terem suas empresas excluídas do Prodeic (Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso) na gestão do governador Pedro Taques (PSDB). "Talvez tal indignação tenha sido motivada exclusivamente por sua empresa ter sido excluída do Prodeic m 2016 e agora, precisará pagar impostos como nós, servidores públicos, que sempre pagamos, sem incentivo. É lamentável que oportunidades como a de hoje, sejam desperdiçadas com a reprodução rasa e vazia de um discurso unilateral e infundado. Pois cá entre nós, ninguém acredita", diz a nota.

A sindicalista ainda conclama que os servidores públicos do Estado deixem de fazer compras nas lojas da Decorliz. "De toda forma, sugiro ou melhor conclamo, todos os servidores públicos a NÃO realizar compras, especialmente  no Natal, na loja Decorliz, pois na iminência de termos nossos salários congelados, devemos gastar nosso suado e digno salário com empresas que respeitam a nossa condição de TRABALHADORES.

NOTA DE REPÚDIO

Hoje a tarde ao chegar a Assembléia Legislativa de MT eu fui surpreendida com a notícia de que um empresário proprietário de uma das lojas de decorações mais caras de Cuiabá participou da audiência pública a respeito da reforma tributária e fez graves acusações contra os servidores públicos, imputando a nós, a responsabilidade da atual crise.

Primeiramente gostaria de lamentar que o nobre empresário não tenha minimamente estudado o tema para poder debater, pois, certamente, se tivesse feito, saberia que os servidores públicos foram as primeiras e maiores vítimas desse modelo de gestão atualmente imposto.

Deveria saber que os direitos dos trabalhadores estão inseridos no rol dos direitos sociais previstos na CF/88, e que lutamos pela manutenção de DIREITOS e não favores.

Talvez tal indignação tenha sido motivada exclusivamente por sua empresa ter sido excluída do Programa de Incentivos Fiscais - PRODEIC em 2016 e agora, precisará pagar impostos como nós, servidores públicos, que sempre pagamos, SEM INCENTIVO.

É lamentável que oportunidades como a de hoje, sejam desperdiçadas com a reprodução rasa e vazia de um discurso unilateral e infundado. Pois cá entre nós, ninguém acredita.

De toda forma, sugiro ou melhor conclamo, todos os servidores públicos a NÃO realizar compras, especialmente  no Natal, na loja Decorliz, pois na iminência de termos nossos salários congelados, devemos gastar nosso suado e digno salário com empresas que respeitam a nossa condição de TRABALHADORES.

A luta! Cristiane Vaz - Pres. SINDICON/MT.

SERVIDORES PÚBLICOS NÃO COMPREM NAS LOJAS DECORLIZ!!!