Economia Domingo, 30 de Março de 2025, 07h:55 | Atualizado:

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LOGÍSTICA

Ferrogrão vai viabilizar crescimento, diz presidente da Aprosoja

Discussões sobre a Ferrogrão começaram em 2012, mas entraves seguem atrasando a obra

Da Redação

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Lucas beber-aprosoja

 

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), Lucas Costa Beber, voltou a defender a importância da Ferrogrão como eixo estruturante para o desenvolvimento logístico do estado. A ferrovia, que ligará o município de Sinop (MT) ao Porto de Miritituba (PA), é considerada por ele uma das obras mais estratégicas do século XXI, fundamental para baratear os custos de transporte e viabilizar o crescimento da produção e da industrialização no estado.

“Logística é o grande gargalo que Mato Grosso ainda tem, e é ela que viabiliza não só a produção agrícola, como a industrialização do estado também. A Ferrogrão seria o maior eixo estruturante de logística do Brasil, talvez do século XXI, que viabilizaria ainda mais a região norte do estado”, afirmou Lucas Costa Beber.

O presidente da Aprosoja MT relembrou que a conclusão da rodovia até Miritituba, em 2019, mais do que dobrou o escoamento pelos portos do Arco Norte, refletindo diretamente no desenvolvimento regional. “Após a conclusão da rodovia, tivemos um crescimento no PIB per capita de Mato Grosso de 5,2% ao ano, maior que a média nacional, e uma geração de mais de 230 mil empregos. Ou seja, não só beneficiou o setor, como também o estado e a arrecadação”, explicou.

A Ferrogrão, por sua vez, terá uma extensão de mais de 900 km, com capacidade para transportar cerca de 70 milhões de toneladas por ano. A nova ferrovia permitirá que Mato Grosso exporte cerca de 52% da sua produção agrícola pela Ferrogrão, reduzindo o uso de rodovias e promovendo uma economia significativa nos custos logísticos.

Além dos ganhos logísticos, a ferrovia será um marco ambiental para o Brasil. Estima-se que o projeto reduzirá em até 40% as emissões de dióxido de carbono (CO₂), o que representa uma redução de 3,4 milhões de toneladas de carbono por ano. “A ferrovia vai reduzir as emissões de carbono de forma significativa. Além de tirar caminhões de circulação, você tem uma maior conservação das rodovias, o que também gera uma economia de custo e evita a emissão de carbono com a manutenção das rodovias”, disse Lucas Costa Beber.

O projeto também trará um impacto econômico expressivo. A economia média nos custos logísticos será de R$ 8 bilhões por ano, gerando um benefício líquido de R$ 63 bilhões para a sociedade, conforme apontado pelo Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) de 2024. Além disso, o projeto deve criar mais de 385 mil empregos diretos, indiretos e pelo efeito-renda.

“Isso não beneficia só o produtor, mas beneficia a sociedade, o desenvolvimento aqui dos estados no entorno do eixo da Ferro Grão. ”, afirmou Lucas Costa Beber.
Com a projeção de crescimento da área plantada nos próximos anos, o presidente destaca também que o Brasil precisa investir em estrutura para garantir a competitividade da produção. “Demos um salto de 9,6 milhões de hectares de soja e 4,5 milhões de milho, para 12,7 milhões e 7 milhões, respectivamente. Em 2034, podemos chegar a 64 milhões de toneladas de soja e 80 milhões de toneladas de milho. Mas para isso, precisamos de logística”, pontuou.

Ele também chamou a atenção para o reflexo da ineficiência logística na economia nacional. “Estamos vivendo uma inflação de alimentos. O governo zerou as tarifas de importação e vamos ter a entrada de milho no Nordeste vindo dos Estados Unidos. Isso é um absurdo. Se tivéssemos ferrovia até lá, poderíamos viabilizar o milho de Mato Grosso com preços muito mais acessíveis”, afirmou.

A Aprosoja Mato Grosso segue acompanhando e cobrando celeridade nas discussões envolvendo a Ferrogrão, defendendo o projeto como peça-chave para o futuro da produção agrícola brasileira e o desenvolvimento sustentável do país.





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Comentários (4)

  • Elias

    Terça-Feira, 01 de Abril de 2025, 07h51
  • Na verdade quem trava essa tal de ferro grão e a rumo..ou vcs acham que ela vai dar mole pra concorrência...agora essa gente não tem quem culpar. Au fala que é culpa só governo.
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  • Bolsomins são idiotas igual a Bolsonaro

    Domingo, 30 de Março de 2025, 22h59
  • Povo lixo do agro querem tudo....fazem VCS a essa tal ferrovia....só falta da toba para esses povinhos nojentos..... porque bosta do Bolsonaro não faz essa merda de ferrovia??? Já ladrão de jóias é preferido pela bosta do agro negócio.... vai se lascar seus Agro bosta.... lixos
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  • Jeves Bejame

    Domingo, 30 de Março de 2025, 22h14
  • E será que o problema dessa ferrovia é realmente a reserva indígena ou há outras forças ocultas atravancando o licenciamento?
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  • Roberto rezende

    Domingo, 30 de Março de 2025, 13h33
  • CARA EU NAO ACREDITO NESSA HISTÓRIA, ELES RECLAMAM DO GOVERNO, ESSA FERROVIA VAI BENEFICIAR UNICA E EXCLUSIVAMENTE OS BARÕES, QUEREM A FERROVIA DE GRAÇA, O TRANSPORTE DOS GRAOS DE GRAÇA, NAO PAGAM IMPOSTOS!!
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