Economia Sexta-Feira, 07 de Abril de 2017, 14h:39 | Atualizado:

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BALANÇO CONTÁBIL E FINANCEIRO

Firjan aponta que MT gastou 67% da arrecadação com salários em 2016

Dívida consolidada do Estado é de 40% do Orçamento de um ano

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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Um estudo elaborado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), aponta que Mato Grosso teve dívida consolidada líquida – os débitos que o poder executivo possui de longo prazo deduzidas as disponibilidades de caixa, as aplicações financeiras e os demais haveres financeiros -, de apenas 40% frente a receita corrente líquida, que é a a soma dos tributos, referente a contribuições patrimoniais, industriais, agropecuárias e de serviços no ano de 2016. Os dados são da Secretaria do Tesouro Nacional.

De acordo com o Ministério da Fazenda, a RCL de Mato Grosso fechou 2016 com o montante de R$ 12,4 bilhões. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) determina que as unidades federativas brasileiras possuem limite legal de 200% da dívida consolidada líquida frente à receita corrente líquida – o que coloca Mato Grosso entre os 10 Estados Brasileiros que mais possuem recursos para honrar seus compromissos – inclusive trabalhistas e com fornecedores.

A título de comparação, Estados brasileiros que enfrentam conhecidos problemas de caixa já ultrapassaram o limite legal estabelecido pela LRF. O Rio de Janeiro – que adotou a cobrança de 30% dos salários do servidores e das pensões dos aposentados durante um período de 16 meses e o fim dos restaurantes populares, por exemplo -, possui dívida consolidada líquida que representa 232% da receita corrente líquida, sendo a pior unidade federativa brasileira nesse quesito.

Em relação aos chamados “restos a pagar” – dívidas contraídas em 2016 que serão quitadas em 2017 -, Mato Grosso também se destaca, figurando como o 11º Estado brasileiro mais bem colocado. Segundo o relatório da Firjan, o Estado tem disponível R$ 1,8 bilhão em caixa neste ano, já descontados os restos a pagar.

O pior Estado é o Rio Grande do Sul, que carrega R$ 14,5 bilhões em dívidas de 2016 referentes a restos a pagar que “não possuem a devida cobertura”. O melhor é o Maranhão, com R$ 9,2 bilhões de recursos (já descontados os restos a pagar).

As despesas com pessoal (servidores ativos e inativos) consumiram o equivalente a 67,3% da receita corrente líquida em 2016, representando aproximadamente R$ 8,35 bilhões, colocando o Estado na sexta posição como o que mais gasta nessa área.

Os gastos com a previdência representam 8,6% na comparação com a receita corrente líquida – diferente do Rio Grande do Sul (40,5%), Minas Gerais (27,8%) e São Paulo (25,2%), os três Estados que possuem o custeio mais comprometido da aposentadoria na comparação com a RCL.

Os valores, porém, configuram um déficit importante, mesmo no caso de Mato Grosso (com 8,6%), uma vez que o benefício deveria ser custeado sem a necessidade de aportes da receita corrente líquida. Rondônia, Roraima, e Amapá foram os únicos Estados brasileiros onde a previdência não fechou com déficit.

O baixo nível de investimentos nos Estado é outro desafio que precisa ser superado pelos gestores públicos. Mato Grosso investiu em 2016 o equivalente a 6,3% da RCL (pouco mais de R$ 748 milhões). O valor é menos do que o orçamento total da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), previsto em R$ 839 milhões para 2017.

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Comentários (14)

  • paula goetz

    Sexta-Feira, 07 de Abril de 2017, 21h26
  • E o TCE nadinhaaaaa
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  • Silvs

    Sexta-Feira, 07 de Abril de 2017, 20h17
  • Pq essa institução Firjan não ajudou o Estado do RJ...
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  • Julio

    Sexta-Feira, 07 de Abril de 2017, 19h51
  • Criminalizar os direitos previdenciários e trabalhistas de servidores públicos e trabalhadores é o caminho mais curto para a União recuperar os recursos desviados da Petrobrás no governo PMDB/PT e do Estado de Mato Grosso recuperar os desvios das obras da copa (Silval Barbosa) e na seduc(governo Taques). Isto porque os verdadeiros responsáveis pela miséria brasileira (os políticos) jamais vão devolver o que lucopletaram, muito menos abrirão mão de mais recursos para através de licitações entabularem acordos escusos, sob a inércia do Judiciário.
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  • Jos? neto

    Sexta-Feira, 07 de Abril de 2017, 19h48
  • Gostaria de saber porquê mudaram título dá matéria em pouco tempo, isso tira a credibilidade do jornal. Deixando bem claro que está a serviço do governo e não dá informação correta. São setenta milhões em ação gasta com publicidade eu também mudaria. Vamos repensar quais os veículos de comunicações. Que são confiável nesse estado.
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  • Acorda Povo

    Sexta-Feira, 07 de Abril de 2017, 18h59
  • E vai continuar gastando, basta ver o tanto de concurso q o Governador está prometendo
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  • Odorico Paraguassu

    Sexta-Feira, 07 de Abril de 2017, 18h37
  • JÁ VAI COMEÇAR A CONVERSA FIADA! É SÓ CHEGAR PERTO DO MÊS DE MAIO HORA DE REPOR A INFLAÇÃO AOS FUNCIONÁRIOS QUE COMEÇA ESSA HISTÓRIA! DEUS ME LIVRE ESSE GOVERNO DEVIA ACABAR AMANHÃ. PURA INCOMPETÊNCIA.
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  • Contribuinte

    Sexta-Feira, 07 de Abril de 2017, 18h17
  • Pagar um bom salário para um professor é investir na educação! Pagar um bom salário para um médico é investir na saúde! Pagar um bom salário para um policial é investir na segurança. Engraçado é que não tocaram no assunto da renúncia fiscal de mais de 2 bilhões!
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  • odil

    Sexta-Feira, 07 de Abril de 2017, 17h50
  • é so dimitir os excesso de comissionados, que vai sobrar dinheiro no caixa
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  • Ramos

    Sexta-Feira, 07 de Abril de 2017, 17h36
  • Governinho de merda,alastrou as Secretarias de terceirizadps, ate o Comando Geral, coisa que nunca vi esta com varias meninas moças sentadas atras de mesas pra nao fazerem nada!!!
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  • pacufrito

    Sexta-Feira, 07 de Abril de 2017, 17h01
  • Ai esta o resultado da falta de responsabilidade dos governantes, políticos demagogos e que não pensam na população, gasta-se 67% do recursos com salários, e serviços como ( saúde, educação, asfalto, etc...) para a sociedade que paga imposta zero, UMA VERGONHA E OS FUNCIONÁRIOS PUBLICOS AINDA QUEREM MAIS E MAIS. a sociedade não guenta mais pagar impostos. chega chega.
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  • nilton

    Sexta-Feira, 07 de Abril de 2017, 15h36
  • estranho essa tendência de demonizar os servidores públicos
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  • alexandre

    Sexta-Feira, 07 de Abril de 2017, 15h11
  • pode ter certeza que 60% foram gastos nos Poderes...
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  • P.R

    Sexta-Feira, 07 de Abril de 2017, 15h10
  • não fosse a inserção na folha de mais de 12000 (concursados comissionados e contratados)servidores, estaríamos entre o 18º e 21º, o pior é que rigorosamente nada sera feito pelo governo ate as eleições de 2018, pelo contrário , continuaremos assistindo as imprudências de sempre, com impuatção ao servidor publico de executivo a responsabilidade pela situação atual
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  • Regis Santana

    Sexta-Feira, 07 de Abril de 2017, 15h07
  • Esse governo do Taques está dando Pedaladas a 1000 por hora!
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