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A cobrança abusiva de hotéis e restaurantes durante a Copa do Mundo, em junho deste ano, não deve ser tolerada. Para tentar evitar esse tipo de problema, estabelecimentos de quatro municípios turísticos de Mato Grosso vão passar por vistoria do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de Mato Grosso (Procon) a partir da próxima semana. O gerente de fiscalização do programa, Ivo Vinícius Firmo, afirmou que, durante todo o mês de abril, hotéis, restaurantes e bares das regiões de Nobres, Chapada dos Guimarães, Poconé, onde está situado o Pantanal mato-grossense, e Cáceres, serão alvos do trabalho de fiscalização.
"Iremos fazer essa fiscalização no interior imaginando que muitas pessoas que vieram a Cuiabá assistir aos jogos visitem os pontos turísticos desses municípios", disse Ivo. Ele citou alguns atrativos nesses municípios durante o período dos jogos do mundial, além dos pontos turísticos que atrai turistas em qualquer época do ano, como o Festival Internacional de Pesca de Cácares, previsto para a primeira quinzena de junho.
Ele avalia que é normal o aumento do valor das diárias nesse período, mas alerta para os casos de cobrança evidentemente abusiva, como foi identificado em dezembro do ano passado em um hotel de Cuiabá. O estabelecimento foi autuado por cobrar diária 30 vezes mais cara durante os dias dos jogos do que em outro período. Por conta disso, foi instaurado um procedimento administrativo para apurar a irregularidade e o estabelecimento poderá ser multado. Tem outros dois casos em Cuiabá que ainda está sendo verificado, segundo o gerente do Procon.
O trabalho a ser executado nessas quatro cidades será no sentido de prevenir que outros casos venham a ser registrados, principalmente no período da Copa, quando deverá aumentar consideravelmente o número de turistas nas regiões. Serão verificados a tabela de preços, bem como a cobrança de outros serviços, como a obrigatoriedade de se destinar 10% do valor da conta para o garçom e a estipulação de um valor fixo pela perda da comanda.
Os estabelecimentos também deverão disponibilizar cardápios com escrita em braile, além de seguir todas as normas de segurança contra pânico e incêndio.