Associação do Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) rebateu o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) e afirmou que a entidade não tem legitimidade alguma para falar sobre produção de soja, tampouco das ações institucionais da Aprosoja. O contraponto é correspondente declarações divulgadas na imprensa pelo Imac.
Em matéria divulgada pela assessoria, onde o Instituto se defende de possíveis articulações para troca do presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), faz também acusações e cita a Aprosoja Mato Grosso como uma das responsáveis sobre a mudança no Indea.
Presidente da Aprosoja, Antonio Galva, afirma que as acusações do instituto, além de inverídicas são injustas com os produtores de soja. “O Imac não tem competência nenhuma pra falar sobre a produção de soja e nem sobre nossas ações, em especial a pesquisa científica que estamos realizando. Reforço a idoneidade do ex-presidente do Indea, Tadeu Mocelin e de toda equipe do Instituto que participou da mediação extrajudicial e que entenderam a necessidade da realização desta pesquisa. Mas a saída dele foi uma decisão institucional do Governo de Mato Grosso e não se pode responsabilizar uma ou outra entidade, como o Imac está tentando fazer”, disparou o presidente da Aprosoja, Antonio Galvan.
Conforme Aprosoja, além do Indea, a mediação extrajudicial contou com a presença de outros órgãos de interesse no assunto, como Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Sfa), representando o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Delegacia de Meio Ambiente (Dema), Casa Civil, Procuradoria Geral do Estado (PGE), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Rio Verde e Instituto Agris.
Aprosoja reforça ainda que, ao contrário do que foi exposto na matéria divulgada pelo Imac, o plantio excepcional da soja em fevereiro destinado à pesquisa científica, não adentra o vazio sanitário “que é sagrado e totalmente respeitado pelos produtores de soja do Estado”. “O Imac não entende nada de produção de soja e também desconhece a necessidade e objetivo da nossa pesquisa. É melhor que cuide e fale tão somente de carne”, avalia.
Ao final, o presidente da Aprosoja faz duras críticas ao Instituto Mato-grossense da Carne, quanto a busca orçamentária da instituição. “Muito nos admira o fato de ser um instituto privado, buscar dentro do governo seu financiamento, visto que já tem seus meios de se manter, que são os frigoríficos. Os Institutos tem o recolhimento do setor que ele representa e nos deixa um alerta a busca que esta entidade faz do dinheiro público para se manter”, destaca o presidente da Aprosoja, Antonio Galvan.
Amaral de souza
Quarta-Feira, 08 de Abril de 2020, 07h46