Economia Terça-Feira, 05 de Agosto de 2025, 07h:41 | Atualizado:

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SECA

Irrigação é saída para driblar estiagem em MT

 

Da Redação

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Mato Grosso se prepara para mais uma temporada de seca severa. Em 2024, o estado enfrentou 124 dias consecutivos sem chuva — a pior estiagem em mais de quatro décadas, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A previsão para este ano também preocupa: temperaturas acima da média e baixos índices pluviométricos.

Diante desse cenário, a irrigação surge como alternativa indispensável para garantir a produção no campo, sobretudo entre agricultores familiares. A avaliação é da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Colheitas Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir), que defende a adoção dessa tecnologia como forma de assegurar produtividade e rentabilidade mesmo em períodos críticos.

“Em áreas irrigadas é possível produzir de 25 a 35% a mais, mesmo em época de estiagem, como a que enfrentamos todos os anos em Mato Grosso. E não é só isso: nosso estado tem o maior potencial de área irrigada, podendo chegar de 8 a 10 milhões de hectares, mas hoje temos apenas 230 mil hectares”, destacou o presidente da Aprofir, Hugo Garcia.

Ainda segundo Hugo, os principais entraves para a expansão da irrigação no estado estão relacionados principalmente à burocracia na outorga para o uso de água, a qualidade da energia elétrica fornecida e a dificuldade que os pequenos produtores enfrentam em conseguir acesso a linhas de crédito para viabilizar os sistemas de irrigação.

“São gargalos que precisamos superar se quisermos fortalecer a agricultura familiar e o agro de uma maneira geral. A irrigação é uma tecnologia que permite que nosso estado tenha a primeira, a segunda e uma possível terceira safra. A segurança econômica que a irrigação pode trazer é muito grande”, disse Hugo.

A seca prolongada impacta diretamente sobre a produção agrícola, especialmente nas pequenas propriedades que dependem exclusivamente das chuvas para cultivar hortaliças, frutas e grãos. Sem irrigação, muitas famílias veem sua principal fonte de sustento ameaçada.

Para o presidente daAprofir, a adoção de sistemas de irrigação, mesmo os mais simples e de baixo custo, pode representar a diferença entre perda total e colheita garantida. “Não se trata apenas de aumentar a produção, mas de assegurar a sobrevivência do agricultor e a continuidade da atividade rural mesmo em condições climáticas adversas”.

Atuação da Aprofir

A associação atua em diversas regiões do estado com projetos que viabilizam o uso da irrigação, em especial na fruticultura, levando conhecimento técnico, capacitações e promovendo o uso de tecnologias adaptadas à realidade do pequeno produtor.

A Aprofir também mantém parcerias com a Universidade Federal de Viçosa, Universidade de Nebraska e o IMAFIR para a elaboração de estudos sobre clima, solos, recursos hídricos superficiais e subterrâneos, com finalidade de embasar decisões para expansão ordenada da irrigação no estado.

Além disso, a associação atua na interlocução com a classe política para viabilizar políticas públicas e outras iniciativas que atendam essa demanda crescente por irrigação voltada também aos pequenos produtores.





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