Economia Segunda-Feira, 23 de Dezembro de 2024, 22h:48 | Atualizado:

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CRISE NO AGRO

Justiça autoriza RJ de R$ 595 milhões em MT; administrador receberá R$ 15 milhões

Grupo culpa pandemia e falta de chuva por crise

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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O juiz da 1ª Vara Cível de Cuiabá, Márcio Aparecido Guedes, autorizou o processamento da recuperação judicial de produtores rurais de uma mesma família - João Paulo Marquezam da Silva, Maria Madalena Marquezam, e Maria Carolina Marquezan - e ainda Helio Alves da Silva e a empresa Nova Fronteira Agro e Logística Ltda. O grupo Marquezam, que atua no agronegócio, acumula dívidas de R$ 594,3 milhões.

No processo, que estava em sigilo, os produtores rurais já haviam se beneficiado com uma decisão do fim do mês de outubro de 2024 que lhes garantiu uma “blindagem” de 60 dias contra ações de execução (cobranças). A medida, segundo o grupo Marquezam, teve o objetivo de negociar o pagamento das dívidas com os credores.

No entanto, conforme o juiz Márcio Aparecido Guedes explicou em decisão da última quarta-feira (18), houve o pedido formal da recuperação judicial pelos produtores durante o período de 60 dias. “De forma inicial, o grupo requerente pleiteou pelo deferimento da tutela cautelar antecedente, oportunidade em que este Juízo, em decisão interlocutória prolatada em 29 de outubro de 2024, deferiu a tutela almejada. Todavia, durante o transcurso do prazo de 60 dias corridos da tutela cautelar antecedente, o grupo requerente apresentou, de fato, o pedido de recuperação judicial, momento em que este juízo compreendeu imprescindível a realização da constatação prévia”, explicou o magistrado.

O ADMINISTRADOR

Com a apresentação do laudo de constatação prévia, o juiz deferiu o início do processamento da recuperação judicial. A empresa Liberty Administração Judicial, de Cuiabá, foi a escolhida para auxiliar nos trabalhos do Poder Judiciário no processo, e receberá R$ 14,8 milhões pelo serviço através de 60 parcelas mensais de R$ 247,663 mil.

A Liberty foi criada em outubro deste ano. O sócio-administrador é o advogado Adonis Fernando Viegas Marcondes e o capital social é R$ 10 mil.

Nos autos, os produtores contam que atuam em Nossa Senhora do Livramento, na região metropolitana de Cuiabá, além de Cáceres e Porto Esperidião, no oeste do Estado, chegando a contabilizar mais de 20 mil hectares “sem a necessidade de qualquer arrendamento”. Consequências econômicas em razão da pandemia do Novo Coronavírus (Covid-19), além de uma alegada “escassez de recursos hídricos”, levaram o grupo à crise.

Com o início do trâmite processual os produtores possuem 60 dias para apresentação do plano de recuperação judicial. Durante 180 dias o grupo permanece “blindado” contra ações de cobrança das dívidas arroladas nos autos.





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Comentários (6)

  • Emanuel

    Sexta-Feira, 27 de Dezembro de 2024, 00h19
  • Simples pesquisa do cnpj não aparece o número da sala para fazer uma visita e conhecer melhor a nova empresa que chegou em Cuiabá e sua estrutura que vai administrar 600 milhões.
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  • Carlos

    Terça-Feira, 24 de Dezembro de 2024, 15h48
  • É preciso ver quantas administração judicial essa empresa já trabalhou. Me parece que é de Sinop e lá não foi nomeada em nenhuma.
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  • Moraes

    Terça-Feira, 24 de Dezembro de 2024, 07h58
  • Deus, pátria família e recuperação judicial ! Só golpe em cima de golpe dessa laia !
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  • De olho

    Terça-Feira, 24 de Dezembro de 2024, 04h04
  • Só bandidos os cara dão um pino de mais de 500 quinhentos milhões paga 15 milhões para um advogado malandro que por sua vez vai racha o dinheiro com esse vagabundo deste juiz esse e o Brasil na verdade o tribunal de justiça do mato grosso teria que ser fechado até a contratação de 100% de novos funcionários e desembargadores
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  • Transparencia

    Terça-Feira, 24 de Dezembro de 2024, 00h38
  • Panelinha sofrendo, retrospectiva da juiza anterior, que a Folhamax não noticia: - RJ Grupo Comodoro (1,6bi) Administrador é Hazak , com capital social de 5mil reais e criado 1 semana antes da nomeação. - RJ Grupo Colombo (1,8bi) Administrador AJ1, capital social de 21mil. - RJ AFG e demais (650mi) Administrador Zapaz, capital social 60mil. Sem contar os administradores nomeados em Rondonópolis, como presidente de comissao da OAB, com capital social de 12mil e honorários que aproximam de 10mi, entre outros. Tem gente chorando e a midia fazendo de cega.
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  • André Oliveira

    Segunda-Feira, 23 de Dezembro de 2024, 23h06
  • Estranho uma empresa ser criada em outubro com capital social de 10 mil reais já pegar seu primeiro caso para administrar 600 milhões? Tem coisa estranha aí
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