Economia Domingo, 09 de Outubro de 2022, 22h:05 | Atualizado:

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FALTA DE ZELO

Justiça cita "avalanche de fraudes" e cassa delegação de cartorária em MT

Filho de ex-titular de cartório era funcionário do órgão estando nos EUA

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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O juiz e diretor do foro substituto de Primavera do Leste (236 KM de Cuiabá), Eviner Valério, decretou a perda de delegação do 1º Ofício do município, outorgado à Elza Fernandes Barbosa, por irregularidades na condução do órgão. Dois processos administrativos, no âmbito do Poder Judiciário de Mato Grosso, revelaram que ela não recolheu verbas trabalhistas, como o FGTS, manteve o próprio filho como funcionário do órgão, enquanto ele passava uma “temporada” no Estados Unidos, “estudando”, além de Elza dever R$ 20 milhões em Imposto de Renda.

Segundo a decisão, proferida em 30 de setembro de 2022, durante pelo menos dois anos a titular do 1º Ofício de Primavera do Leste não recolheu verbas trabalhistas obrigatórias dos funcionários. “As provas constantes dos autos demonstram que a requerida permaneceu pelo menos um ano sem efetuar o pagamento do FGTS de seus funcionários, no período do mês 02/2017 a 03/2018, e pelo menos dois anos sem pagar o INSS dos empregados, no período do mês 10/2016 a 03/2018”, diz trecho do processo.

Conforme os autos, o filho de Elza Fernandes Barbosa, substituto no cartório, recebia salário mesmo se encontrando nos Estados Unidos, onde estaria “estudando”. No período, o neto da titular do cartório, filho do “estudante”, assinava os documentos no lugar do pai.

“Neste sentido foi aduzido pelo Sr. Herbert em audiência perante o juízo, confirmando que estava estudando fora do país no período apurado e que foi e voltou ao Brasil por diversas vezes, razão pela qual deixou procuração pública com poderes para seu filho atuar em seu nome, o qual estava assinando suas folhas de pagamento”, revelou o PAD.

Os processos administrativos revelaram, ainda, uma dívida com o Imposto de Renda de Elza da ordem de R$ 20 milhões. A titular do 1º ofício teria feito um “acordo” para o parcelamento do débito em 12 anos.

Porém, o magistrado advertiu que não há garantias de que o valor seja pago. “Nem se diga que o parcelamento apaga essa mácula que, ao ver do juízo, é indelével, posto que parcelado em 12 anos (145 meses), sem qualquer garantia de cumprimento ou evidência de existência de bens particulares capazes de arcar com esta dívida”, asseverou o juiz no processo.

Ainda de acordo com o magistrado Eviner Valério, a perda da delegação do ofício deve ser levada a cabo uma vez que a “requerida insurgiu-se não só contra os bons costumes, a ética, o zelo e demais atributos que deveriam lhe acompanhar ao longo de sua atividade, como também contra o próprio Sistema Judiciário”. Os autos também revelaram que durante um cumprimento de busca e apreensão no cartório, houve a resistência de Elza Fernandes Barbosa em admitir a entrada de agentes no estabelecimento, que tiveram que “arrombar” o local.

 





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Comentários (4)

  • Reghis

    Segunda-Feira, 10 de Outubro de 2022, 09h02
  • Disse o magistrado: ?a requerida insurgiu-se não só contra os bons costumes, a ética, o zelo e demais atributos que deveriam lhe acompanhar ao longo de sua atividade??. Imagina este Juíz julgando o Lula, que deve R$18 milhões em impostos; roubou o dinheiro público; prevaricou; formou e foi chefe de quadrilha; foi conivente com o assalto ao erário público e ainda concorre ao cargo máximo de um país que é à presidência. Com certeza este magistrado, com a seriedade e dureza demonstradas, deixaria este meliante traves todo de político, preso, condenado a devolver nosso dinheiro e banido da política e da vida pública, no mínimo. Pena que ele está em Primavera e não em Brasília. E toca o enterro.
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  • Patriota

    Segunda-Feira, 10 de Outubro de 2022, 08h39
  • Cartório é algo que definitivamente deve DEIXAR DE EXISTIR.
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  • Gregorio de Matos

    Segunda-Feira, 10 de Outubro de 2022, 08h13
  • A justiça de Mato Grosso não tem idoneidade tão pouco parcialidade para julgar mais nada nem ninguém pois se viciou e se prostituiu nos últimos 8 anos.
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  • Marcos Justos

    Segunda-Feira, 10 de Outubro de 2022, 06h44
  • A reportagem fala de um Cartório e os rolos. Agora imagina o Ex presidiário Lula, que "Administrava o Brasil, Petrobras", condenado e descondenado (judiciário conivente), devi 18 milhões em Imposto p Receita Federal e o Judiciário mais uma vez conivente (julgou indevida a cobrança). Agora o ex presidiário esta ai concorrendo para voltar ao Cargo. Considerando o que tem acontecido nos últimos tempos, os julgamentos do judiciário, é MELHOR DEIXAR ESSA SENHORA NO COMANDO DO CARTÓRIO, pois o que ela fez nem se compara com que a Gestão do PT fez, DELATORES confessaram e provaram a ROUBALHEIRA que teve. à Justiça esta ai pra beneficar os criminosos como essa Senhora e o Ex presidiário Lula, o CRIME COMPENSA!
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