Economia Quarta-Feira, 26 de Fevereiro de 2014, 12h:04 | Atualizado:

Quarta-Feira, 26 de Fevereiro de 2014, 12h:04 | Atualizado:

Notícia

Mato Grosso tem problemas de escoamento da produção

 

Da Redação

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

O escoamento da soja mato-grossense mal começou e os gargalos ficam mais evidentes. Congestionamentos já aparecem com filas em armazéns, pontes e estradas interrompidas, e problemas de secagem do grão por causa da intensificação das chuvas da última semana.

O diagnóstico é do próprio secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Nery Geller, dado durante encontro com agricultores e lideranças municipais na segunda-feira (24), em Sorriso. A preocupação dos produtores, principalmente das regiões médio-norte e oeste do Estado, é com a concentração da colheita, a qualidade dos grãos e a logística, que podem acarretar prejuízos à safra 2013/2014.

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária está concluindo um levantamento sobre as perdas. De acordo com a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), o 1º impacto do excesso de chuva é a dificuldade de retirar a soja da lavoura com os maquinários por causa dos terrenos encharcados.

A perda da qualidade é consequência disso. “O tempo para retirar a soja da lavoura é de 7 dias (em média) após a aplicação do dessecante”, informa o diretor técnico da Aprosoja, Luiz Nery Ribas, frisando que quando a chuva dá uma trégua, a colheita é intensificada para tentar assegurar a qualidade do grão, ocasionando problemas de logística com muitos caminhões nas estradas e filas nos armazéns.

O delegado da Aprosoja em Água Boa, Cesar Giacomolli, destaca ainda que a logística caótica do Estado e o deficit na capacidade de armazenagem em algumas regiões aumentam as perdas. “Os armazéns não estão dando conta de secar a soja devido ao grande volume recebido simultaneamente. A capacidade de armazenagem aqui no município é de 2,5 milhões de sacas e devemos colher 7 milhões”.

Conforme a associação, as regiões que estão sentindo mais os impactos da chuva são a norte e a oeste, que estão colhendo a soja de ciclo tardio. Produtores relatam que a soja avariada está entre 10% e 15%, sendo que o permitido pelas receptoras é de até 8%. Já a umidade da soja colhida varia de 20% a 25%, com o permitido até 14%.

A diferença entre essas porcentagens é descontada do produtor. O sojicultor de Sorriso, Leandro Gazola, estima que, do total da área plantada, 20% serão perdidos. “Dos 7,050 mil hectares vou colher só 80%. Tivemos muita chuva nos últimos dias que dificultaram a colheita”. Nas regiões sul e leste, por enquanto, há o registro de dificuldade em colher, mas caso a chuva continue após a semana que vem, haverá perdas.

Nesta terça-feira (25), a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) enviou alerta aos produtores e sindicatos rurais para que informem a situação dos municípios com objetivo de solicitar às prefeituras e ao governo estadual providências emergenciais. Segundo a entidade, o Sindicato Rural de Sorriso, maior município produtor de soja do mundo, pediu para a prefeitura decretar situação de emergência em virtude dos problemas nas estradas e pontes ocasionados pelas chuvas, e foi atendido pelo prefeito Dilceu Rossato (PR). No documento, a Famato cobra também providências urgentes do poder público para amenizar a situação de calamidade nas estradas e pontes das regiões mais afetadas.





Postar um novo comentário





Comentários

Comente esta notícia








Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet