Economia Terça-Feira, 11 de Agosto de 2015, 23h:41 | Atualizado:

Terça-Feira, 11 de Agosto de 2015, 23h:41 | Atualizado:

Notícia

Moody's rebaixa nota do Brasil, mas mantém grau de investimento

 

Istoé

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

A agência de classificação de risco Moody's decidiu rebaixar a nota de risco de crédito do Brasil. O rating passou de Baa2 para Baa3, nota que ainda coloca o País na lista dos bons pagadores, aqueles que possuem o chamado grau de investimento. A perspectiva para as próximas revisões passou para estável. Antes ela estava negativa.

Segundo a Moody's, "o desempenho econômico mais fraco do que se esperava, a tendência relacionada de elevação dos gastos do governo e a falta de consenso político sobre reformas fiscal vai impedir as autoridades de alcançarem superávits primários suficientemente altos para conter e reverter a tendência de elevação da dívida neste ano e no próximo, e vão desafiar sua capacidade de fazê-lo mais tarde".

"Como resultado disso, a carga da dívida do governo e a capacidade de pagamento continuarão a deteriorar materialmente em 2015 e em 2016, em comparação com as expectativas anteriores da agência de rating, para níveis materialmente piores do que outros países com ratings Baa. A Moody's tem a expectativa de que a carga de dívida crescente se estabilize somente perto do fim do governo atual", diz a nota.

Para a Moody's, "o Brasil retém vários pontos positivos em termos de crédito que se refletem no rating Baa3: sua capacidade para resistir a choques financeiros externos, tendo em vista as amplas reservas internacionais; um balanço do governo com exposição relativamente limitada a dívidas em moeda estrangeira e a dívidas de não-residentes, em comparação com países com ratings semelhantes; e uma economia grande e diversificada".

Vale lembrar que no fim de julho foi a agência Standard & Poor's que alterou a perspectiva do rating BBB- do Brasil para negativa, de estável. A nota da agência representa apenas um degrau acima do grau especulativo. Segundo a agência, o Brasil enfrenta desafios políticos e circunstâncias econômicas, apesar das mudanças feitas pela presidente Dilma Rousseff em seu segundo mandato. O Congresso mais hostil também tem dificultado a condução da política econômica, avaliou a analista da instituição responsável por Brasil, Lisa Schineller.

Ibovespa suaviza queda para 0,57% após anúncio da Moody's

A Bovespa fechou em queda de 0,57% (aos 49.072,34 pontos) nesta terça-feira, 11, marcada pela notícia da desvalorização de 1,9% do yuan chinês pelo Banco do Povo da China (PBoC). Já a revisão do rating do Brasil pela Moody's pegou a bolsa nos ajustes finais, mas conseguiu suavizar a queda da Bovespa.

A medida da China determinou a tendência de queda em bolsas de todo o mundo, que foram influenciadas principalmente por ações de empresas exportadoras de commodities. Na mínima do dia, a bolsa brasileira chegou a cair 2,12%, com grande influência de ações como Petrobras, Vale e Gerdau, em resposta à queda dos preços do petróleo e do minério de ferro.

A desvalorização do yuan teve por objetivo estimular a enfraquecida economia chinesa por meio do aumento da competitividade das exportações locais. As principais bolsas da Europa encerraram o pregão em queda, pressionadas pelo anúncio da desvalorização. Com isso, o tão esperado acordo da Grécia com credores internacionais teve pouca influência nos negócios.

No fechamento dos negócios, a agência de classificação de risco Moody's anunciou o rebaixamento do rating brasileiro, de Baa2 para Baa3, e revistou a perspectiva de "negativa" para "estável". O mercado já esperava pelo rebaixamento - agora o Brasil está no último degrau antes de perder o grau de investimento -, mas temia que o outlook seguisse negativo, o que não aconteceu, o que ajudou a desacelerar as perdas do índice.





Postar um novo comentário





Comentários

Comente esta notícia






Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet