Economia Quinta-Feira, 27 de Dezembro de 2018, 21h:30 | Atualizado:

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TAXAÇÃO DO AGRO

MT é líder no País na arrecadação do ICMS por habitante, revela entidade

Entidade ainda explica que segmento contribui anualmente R$ 10 bilhões

LARISSA MALHEIROS
Da Redação

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Dados levantados pelo Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea) apontam que Mato Grosso é líder na arrecadação de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), por pessoa. A informação foi dada pelo presidente do órgão Daniel Latorraca ao debater a taxação do agronegócio no Estado. 

Segundo presidente, o órgão obteve a notícia que considera relevante, já que muitos direcionam que o Estado é campeão apenas na produção e que esta riqueza não é direcionada em serviços ao cidadão. “A gente conseguiu outra informação muito interessante. Mato Grosso não é só líder e campeão mundial na soja, no milho, no algodão e no boi, mas também no ICMS por habitante”, destaca. 

Ele afirma que os números são significativos e é a maior média do País. “A arrecadação de ICMS por habitante aqui em 2017, atingiu R$ 3.290 por pessoa. É a maior média do Brasil, seguido por Mato Grosso do Sul e São Paulo”, disse. 

Latorraca explica que isso mostra que o setor produtivo tem contribuído consideravelmente para o avanço do Estado. Como exemplo, cita a geração de emprego, que no último ano representou 33% no setor.

Além disso, o presidente destaca que tanto as fazendas como as revendas de insumos e a agroindústria pagaram R$ 10,6 bilhões de salários. Outro dado destacado por ele é que em 2017, o setor do agronegócio girou em torno R$ 9 bilhões em ICMS.

Somando a contribuição do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), de R$ 1,4 bilhão ao ano, os produtores colaboram com mais de R$ 10 bilhões com o Estado. “Então somando ICMS e Fethab, é mais de R$ 10 bilhões arrecadados dentro do estado. Em relação ao ICMS, uma conta feita pela FGV deu conta que o setor do agronegócio dentro da porteira, nos insumos e também na distribuição, contribui com 50% da arrecadação de ICMS. Quando eu coloco todos os efeitos, tantos indiretos quantos diretos e também aquele efeito renda dos R$ 10.600 bilhões de salários pagos anualmente pelo setor aqui dentro do Estado. Então, 50% deste ICMS do Estado vêm do agronegócio”, detalha.  

O presidente também levantou a polêmica em que se compara a produção e arrecadação do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Para ele, não existe comparativo, sendo que as produções são significativamente diferentes, e exemplifica. “Mato Grosso do Sul, na safra passada, produziu 9,6 toneladas. Este volume é exatamente o volume que a gente esmaga, industrializa dentro do estado de Mato Grosso, que representa 30% da nossa produção. Vale destacar que tem um volume de 13% que vai para outros estados e contribuem com este ICMS”, detalha.  

Então, Latorraca destaca que fica claro que cada Estado tem seus meios de contribuição e produtor não pode pagar o preço, sendo que dados demonstram a realidade do setor. “O setor paga para o Estado a contribuição direta ,demonstrando que essa contribuição evoluiu muito, então comparar o Mato Grosso com o Mato Grosso do Sul que tem uma logística diferente tem um perfil de produção diferente , neste momento não é valido porque a gente sabe que os 83% dos produtores do Mato Grosso, agricultores de soja e milho que tenha até 3 mil hectares tem passado momentos difíceis e essa taxação é mais um desafio para eles”. 

Para Daniel, a ampliação da carga tributária sobre o setor pode comprometer a capacidade de investimento e reinvestimento do produtor na atividade. E, como consequência disso, o impacto também seria sentido nos cofres do Estado, já que o reflexo atingiria diretamente os principais segmentos contribuintes com o ICMS.

 





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Comentários (10)

  • Jos? MARQUES BRAGA

    Sexta-Feira, 28 de Dezembro de 2018, 09h32
  • A matéria acima não se sustenta em nenhuma hipotese testada. Primeiro, média estatística é a matemática mais inexata criada pelo homem. Eu posso comer 100 kg de camarão por ano e meu vizinho comer nenhuma grama e a média simples é 50 kg/ano. Então, essa matéria paga não se sustenta. Quem paga o ICMS mais caro é o consumidor de energia com 45% do VALOR. Esse é o peso que dá a média calculada pelos barões. Então, entendo que a Fiemt, a Fecomércio e outras entidades afins devam se posicionar a respeito. Estamos no estagio econômico da tragédia dos comuns. QUEM conhece a teoria sabe o que falamos. É preciso haver o debate é os encaminhamentos. A hora é essa.
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  • Jo?o

    Sexta-Feira, 28 de Dezembro de 2018, 07h42
  • Claro, temos o ICMS mais caro para o comércio e a indústria para poder manter as beneses dos barões. Enquanto o pequeno comerciante fecha as portas, a população perde o poder de compra, estes irresponsáveis ficam com este discurso que não engana ninguém.
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  • Antonio

    Sexta-Feira, 28 de Dezembro de 2018, 07h40
  • ENTÃO PORQUE O ESTADO ESTÁ QUEBRADO? TAQUES ROUBOU MAIS QUE SILVAL?
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  • alexandre

    Sexta-Feira, 28 de Dezembro de 2018, 05h10
  • Agronegócio não paga ICMS, também pago ICMS indireto e não recebo benefício nenhum.
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  • Cad? o 13?

    Quinta-Feira, 27 de Dezembro de 2018, 22h25
  • Cade a desgraça do décimo terceiro
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  • Tito Lampreia

    Quinta-Feira, 27 de Dezembro de 2018, 22h20
  • Conversa fiada! É preciso cobrar icms na venda de produtos não industrializados A safadeza dessa turma é gigantesca...
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  • Paulo Matos

    Quinta-Feira, 27 de Dezembro de 2018, 22h14
  • CONVERSA PRA BOI DORMIR!!
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  • Raimundo

    Quinta-Feira, 27 de Dezembro de 2018, 21h44
  • O problema é que os políticos daqui roubam mais, os gastos são maiores, e ao invés de reduzir o roubo e os gastos públicos com penduricalhos e gastos desnecessários de verba pública, querem roubar a única fonte de renda e geração de empregos do MT.
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  • Augusto

    Quinta-Feira, 27 de Dezembro de 2018, 21h42
  • Prefiro a ANÁLISE do prof Benedito da UFMT.
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  • Augusto

    Quinta-Feira, 27 de Dezembro de 2018, 21h37
  • EQUIVOCO DE ANÁLISE... JA QUE O AGRO Ñ ARRECADA. PODE ATÉ COLABORAR.. MAS DIRETAMENTE É MUITO POUCO.
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