A geração de quase 16 mil novas vagas de trabalho formal, com carteira assinada, no ano passado, em Mato Grosso, abriu uma nova realidade para o mercado local. Além, de colocar fim há dois anos seguidos de saldo negativo, quando as demissões superaram as contratações, 2017 marca “a plena recuperação da crise econômica, quanto à geração de empregos formais”, avalia o economista e consultor da PR Consultoria, de Cuiabá, Carlos Vitor Timo Ribeiro.
“Os dados recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, medem contratações e demissões, representam um fluxo/movimentação do mercado de empregos formais e não são cumulativos. Quando se tem um número negativo de um ano anterior e se tem um número positivo no ano seguinte, significa estatisticamente que aquelas vagas cortadas foram totalmente recuperadas e ainda foram geradas mais outras”, pontua.
Como explica o economista, 2015 e 2016 juntos, eliminaram 32.560 postos formais no Estado, sendo -14.570 de 2015 e -17.990 de 2016. “Em 2017 saímos da condição de demissor. Por isso, não apenas voltamos a gerar empregos, como deixamos os mais de 32 mil cortes para trás e fechamos os doze meses de 2017 com 15.985 novas vagas”.
As mais de 15 mil novas frentes de trabalho resultam do total admitido e demitido ao longo do ano que conforme o Caged somaram 362.943 e 346.958, respectivamente.
Conforme Timo Ribeiro, além de alguns setores que foram destaque em geração de vagas como serviços, agricultura e comércio, o economista destaca a indústria. “Considero espetacular o desempenho da indústria estadual, que saiu de um corte acumulado 27.360 vagas entre 2015 e 2016, para em gerar um saldo positivo de +4.038 novas vagas”. As mais de 27 mil vagas eliminadas são saldo de -15.332 vagas formais de empregos em 2015 e de -12.028 vagas em 2016.
No ano passado, em Mato Grosso, praticamente todos os setores econômicos tiveram desempenho positivo, exceto a indústria extrativa mineral com saldo de -3 vagas e a construção civil, com -434 vagas. O setor de serviços liderou a recuperação da geração de empregos com 5.213 novas vagas, seguido pela agropecuária com outras 4.292 novas vagas, a indústria, com +4.038 e o comércio com +2.418 novas vagas.