Imagine você se dirigir a uma clínica de estética para uma depilação a laser e sair com a virilha queimada. Achou pouco? Então coloque-se no lugar da mulher que, após o procedimento, ainda ficou 4 meses sem conseguir fazer sexo.
O roteiro da história, digno de um drama ou comédia romântica, aconteceu com uma mulher em Cuiabá, no ano de 2016. A vítima do procedimento estético interpôs uma ação indenizatória por danos morais no Poder Judiciário de Mato Grosso contra o estabelecimento (Espaço Laser Depilação).
O processo tramita na 4ª Vara Cível de Cuiabá, sob a condução da juíza Vandymara Galvão Ramos Paiva Zanolo. Em despacho do último dia 11 de outubro, a magistrada autorizou a realização de uma perícia para verificar a “extensão dos danos”.
“A questão de direito relevante, neste caso, é a existência de responsabilidade da ré pelos alegados danos morais e estéticos supostamente decorrentes da depilação a laser. Para tanto, defiro o pedido de realização de perícia médica na autora para comprovar os danos alegados na inicial”, determinou a magistrada.
A perícia estabelecida pela juíza deverá ser feita por um dermatologista. A empresa escolhida para fazer o estudo técnico foi o Forense Lab - Perícias e Consultoria, localizado em Cuiabá.
De acordo com informações do processo, os R$ 1.400,00 pagos pela cliente para a realização da depilação a laser saíram mais caros do que o esperado: além de ficar com a virilha queimada, a mulher ainda ficou “4 meses na seca”, não se sentindo confortável para a prática de relações sexuais no período com o seu marido.
“[A cliente] afirma que contratou o pacote de serviços da requerida consistente em depilação a laser em suas partes íntimas, mais precisamente na virilha, pelo importe de R$ 1.400,00. Ocorre que, em 20 de setembro de 2016, em uma das sessões realizadas na virilha, a reclamada queimou literalmente as partes íntimas da reclamante, causando-lhe dores insuportáveis e diversas cicatrizes”, relata a vítima.
“Salienta que, o dano estético causado lhe casou constrangimento, sentimento de vergonha e até mesmo ficando impossibilitada de manter relação sexual com seu marido por aproximadamente 4 meses”, revelou a mulher.
A clínica se defende dizendo que “devolveu” os valores pagos pela depilação. Já a mulher, por sua vez, também contou que teve que pagar por outros procedimentos estéticos em sua virilha – como pelling e uso de medicamentos.
A discussão continua no Poder Judiciário Estadual até a decisão da juíza, que deverá aguardar o resultado da perícia – e eventualmente outras diligências -, para julgar o processo.
Jos? Antonio Ruela dos Santos
Domingo, 20 de Outubro de 2019, 23h11dod?i
Domingo, 20 de Outubro de 2019, 16h45Joenes pica pau
Domingo, 20 de Outubro de 2019, 12h16De olho
Domingo, 20 de Outubro de 2019, 12h09Aline Assis Aposentada
Domingo, 20 de Outubro de 2019, 11h57Ant?nio
Domingo, 20 de Outubro de 2019, 11h57